quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Absurdos sem controle!

A negociação com o meia Douglas, do Grêmio, esfriou, e o técnico Luiz Felipe Scolari pode ter que esperar para receber o primeiro ‘camarão’ que pediu para o ano de 2012. O pedido salarial, perto dos R$ 600 mil mensais, assustou o vice-presidente de futebol do clube, Roberto Frizzo, e o atleta acabou ficando mais longe de um acerto com o Palmeiras.

    Jogador   Posição     Salário   
KlebersonVolanteR$210.000,00              
Cleber SantanaVolanteR$165.000,00 
Paulo BaierApoiadorR$140.000,00            
Morro GarciaAtacanteR$120.000,00     
MarcinhoApoiadorR$100.000,00 Quando reúne condições físicas é titular  no meio de campo do Furacão
Wagner DinizLateral-direitoR$ 85.000,00                     Titular
WendelVolanteR$ 82.500,00                    Reserva
RodriguinhoAtacanteR$ 80.000,00      Reserva. Jogou muito pouco
Marcelo OliveiraVolanteR$ 70.000,00 Alterna entre o time titular e a reserva.
BranquinhoApoiadorR$ 70.000,00 Está lesionado. Só voltará em 2012
GuerrónAtacanteR$ 68.000,00                      Titular
FabrícioZagueiroR$ 55.000,00 Alterna entre o time titular e a reserva.     
NietoAtacanteR$ 50.000,00 Alterna entre o time titular e a reserva.
EdílsonLateral-direitoR$ 35.000,00                    Reserva






Os absurdos do mundo do futebol brasileiro.
Quem já praticou o esporte, quando guri ou jogando na suburbana e até mesmo em peladas nos finais de semana sabe que poucos destes mereceriam ganhar no máximo 20 mil reais por mês. Isto como craque. Pra mim nenhum destes sequer deveriam vestir a camisa do meu time. Agora, Douglas R$ 600 mil é brincadeira... e de mau gosto. Petraglia vamos acabar com isso!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quase!



Quase!
Milionário por algumas horas.
Não sou supersticioso e tampouco gosto de jogo de azar. Eventualmente, arrisco um palpite na loteria, mas é comum não conferir o resultado.
Sistematicamente em grandes premiações, final de ano, datas especiais era convencido pelo meu grande amigo Rafa a gastar um dinheirinho.  Ele fazia, ele jogava e ficávamos falando da repartição dos milhões, tal como dois “espertos do estouro dos caixas eletrônicos”.
Pesquisa e estudos rápido e intensivo de numerologia, data de nascimento, números da apólices de seguro, tamanho das roupas intimas das artistas preferidas, enfim valia tudo, para no final, acrescentar um punhado de números ao acaso. Pura “cientificidade”. O resultado não nos abalava, só adiava a realização dos sonhos. Saudades...
Eis que nesta última quinta- feira, absorto em meus afazeres profissionais, fui provocado a fornecer palpites para os demais do escritório, sem que fosse remunerado para isso. Abri exceção e “lasquei” seis dezenas sem analise alguma. Números que aguçaram olhares dos curiosos, afinal era um amador que ditava as normas.
Esse ato me transportou para alguns anos atrás, saudades, muitas saudades.
Pensando nele, no inesquecível amigão, resolvi fazer minha “fezinha” e sem critério, minto, usei um algarismo para homenagear o Rafa (ele saberia qual era esse charmoso número) e entreguei para uma amiga jogar.
No retorno, bilhete crivado, carimbado pela CEF, oficial, nem conferi e num instinto de “compartilhamento” coloquei-o na parte de detrás do porta - retrato em cima de minha mesa. Na foto de artista global, eu e o Rafa. Saudades...
Brinquei sério ou seriamente fiz uma brincadeira dizendo a ele que “agora faltava a parte dele de mexer no sorteio com números certos”. Ri quase chorando e chorei rindo. Nem levei em conta que ele nunca fez e não faria uma desonestidade, mas vai que mudou...
Alguns minutos depois os afazeres me levaram para outras “plagas”. Passou a sexta e chegou o sábado.
Sem poder ir ao escritório, assisto no jornal da manhã:
“Uma pessoa de Curitiba acertou as dezenas sorteadas no concurso 1.346 da Mega-Sena neste sábado (17). Os números sorteados foram 12 - 32 - 40 - 47 - 48 - 59.
O ganhador deve receber um prêmio de R$ 24.409.476,19, informou a Caixa Econômica Federal (CEF).”

Pânico geral! Travou o aparelho de barbear, esqueci de dar a descarga, uma falta de ar levou meus pensamentos para a cena de quinta-feira. Fui na internet para conferir o que eu tinha ouvido. Sim era de Curitiba o único acertador. Comecei a entrar em pânico tentando em vão lembrar os números do bilhete. 12 tinha certeza de ter escolhido, pois é uma dúzia, um número simbólico, representa o mês que estamos sim esse “eu tenho certeza que acho que coloquei”. 32, fácil, pois é o meu número de sorte, sempre que escolho ele não ganho, mas, enfim... As outras dezenas me pareciam bastante amigáveis, legaizinhas, simpáticas que eu devia ter escolhido. Por que não?
Ah! Ainda tinha a participação do meu amigo. Arrepiei. Viadinho tava esperto e aprontando. Sou um milionário. Sou eu, euzinho só que ganhei a bagatela de R$ 24 milhões. O que fazer? Com certeza manter a calma. Não demonstrar a riqueza de ser rico, ou de estar rico. Rico não, milionário! Rico que é rico não demonstra, compra!
O sábado foi sinistro. Angústia, tremedeira, euforia, comecei a desvalorizar tudo que eu via e que tinha contato.
O novo Ipad, ganho do filho, poderei comprar centenas deles e dar ao porteiro, aos amigos, pra quem eu tiver vontade. Besteira.
Puxa como está barato esse almoço em família no Barolo, podemos vir mais vezes.
Esse meu carro devo trocá-lo por um importado, um não, dois, três, uma coleção deles. Agora eu posso.
Móveis, vamos trocar tudo. -não por que não trocamos de apartamento? Mas em Curitiba? Poderia ser na praia, em Florianópolis, enfim... Tudo se “relatilizou”. Aplicações, a Bolsa de Tóquio, muita confusão na cabeça do “new rico”.
Vocês não imaginam a mudança na personalidade, nos valores, nas avaliações que rapidamente atuam neste momento de um quase milionário.
Quase? Por que quase?
Domingo de gastança, esbanjar é o verbo do dia. Segunda feira eu cubro tudo, com certeza.
Chegou a segunda feira e eu já no escritório, vou com as mãos trêmulas no porta-retrato, dou um sorriso de cumplicidade para a foto do Rafa e ao conferir...
PQP! Esse bilhete é da Mega da Virada! Ainda não correu.
Adiado o plano para 31 de dezembro. Tô fudido até lá.
(isto não é ficção)