sábado, 24 de julho de 2010

pedra carta


おくりび  - Okubiritu


A Partida é um filme belíssimo e imperdível.
Sem querer fazer uma resenha com abordagem de um crítico profissional, recomendo-o para todos os amantes da arte cinematográfica. Cheio de mensagens e simbologias intrigantes, com conteúdo profundo o ganhador de Oscar de melhor filme estrangeiro de 2.009, desenvolve um drama onde uma profissão pouco conhecido do publico ocidental é mostrado com rara beleza.  
O protagonista central Daigo  Kobayashi se candidata ao cargo disponível numa funerária, como o profissional que prepara os corpos dos mortos antes de ser enterrado, ritual conhecido no Japão como nokanshi . Aos poucos, ele mesmo torna-se cada vez mais orgulhoso da função, tomando gosto pelo aperfeiçoamento na arte do nokanshi , agindo como um guardião dos portões que dividem a vida e a morte. Desta forma, trata-se de um sensível retrato de como japoneses e sua tradição tão peculiar são capazes de lidar com a morte, bem como um objeto de reflexão em relação a essa questão tão recorrente no Japão, o embate entre as tradições do país e a modernidade.
A filosofia oriental exala em todos os quadros com belíssimas fotografias, emociona o diálogo entre os personagens em trilhas sonoras graciosas.
Um destes ensinamentos milenar se mostra na sublime troca das pedras –cartas entre Daigo e o pai que ele pouco se lembra.
“Antes da invenção da escrita, os antigos procuravam uma pedra que expressasse seus sentimentos e davam aos entes queridos. Quem recebia a pedra podia ler os sentimentos do outro pelo peso e pela textura. Por exemplo, uma pedra lisa era sinal de coração sereno; uma pedra áspera, de que a pessoa estava em dificuldades”. 
Obrigado Rafinha pelo gesto e pelo presente.
Obrigado pela pedra-carta. Uma pedra-carta que interpreto a minha maneira ser um recado do pai Rafael que me diz que está bem, em paz e feliz. A pedra é linda, lisa, macia e de uma cor suave e energizada com feixes do bem. É assim que a recebo. Uma vez mais obrigado.
Conversávamos sobre este filme, numa manhã no jardim da sua casa. Eu, Rafael, finha e o  Enzo -filhote de menos de dois anos que remexia na areia apanhando pedrinhas e colocando-as em um vaso ao lado. Cena que voltou a minha mente com o recebimento desta pedra-carta. Rafa na cadeira de roda, debilitado pela cruel doença e nós, como para amainar a dor do momento, falávamos sobre as cenas lindas do filme do diretor Yôjirô Takita, quando Enzo entregou uma pequena pedra ao finha - era lisa, arredondada que mostrava exatamente como diz a história antiga japonesa - um coração sereno.


Solidão solo

Solidão
 necessariamente não é estar sozinho. 
Só e rodeado de pessoas queridas,
 mas estranhamento só.
Assusta este estado de espírito que invade o fundo d’alma, 
como a querer sobrepor o clima de euforia da sala. Definitivamente ele não está ali, ele não faz parte daquele ambiente. 
Ao fundo, conversas descompromissadas e risos comportados compõem o cenário.
O som da música suave embala o sonho do estranho que contrai o semblante com a certeza de quem deixou escapar algo irrecuperável.
Perdeu o sonho e mais que isso,

 perdeu a capacidade de sonhar.

domingo, 11 de julho de 2010


Members: Victor, Du, Maurcio, Ronks, Felipe
A banda curitibana surgiu em 2002 e foi apontada como uma das revelações da cena local ao atingir o posto de musica mais baixada na America Latina no site mp3.com. (o purevolume da epoca, onde as bandas independentes disponibilizavam seu material de divulgação). 

O lançamento deste CD demo teve muita repercussçao na midia de Curitiba e a MARY GAS apareceu em diversas materias do Jornal Gazeta do Povo e sites focados em musica para o publico jovem. 

Esta repercussão ajudou a banda a abrir shows de bandas grandes no meio independente como Garage Fuzz e Noção de Nada e a participar de um dos mais conceituados festivais independentes do país, o National Garage, no 92 graus em Curitiba. 



O segundo trabalho da banda deteve ainda mais reconhecimento que o primeiro e garantiu a participaçao da Mary Gas nos maiores festivais de emo/hardcore realizados em Curitiba nos anos de 2004 e 2005 juntamente com bandas do calibre de Sugar Kane, Aditive, Nx Zero, Level Nine e Emo. 


Para o ano de 2008 a banda reserva o lançamento de seu primeiro full-lenght por um selo conceituado na cena independente e tambem uma turne de ambito nacional para divulgar o trabalho nas demais regiões do pais. 
Parabéns filho pela sua juventude sadia. Voce soube aproveitá-la, aliando  amigos fiéis com música de excelente qualidade.

"STILO" de curtir

Com este cepoblog começo a materializar minhas curtições musicais com registro dos meus gostos com muito estilo.
Os Beatles surgiu inicialmente nos meus aparelhos auriculares por conta de um amigo que tem nome estrangeiro - Franklin, mas que é tão luso - brasileiro quanto eu. Ele, Carvalho da Veiga e eu Pereira de Oliveira.
Com 12 a 13 anos, na sala de casa com a radiola a todo volume, ou na altura que era permitido por minha mãe, ele trazia os discos compactos e depois os Lps recem lançados nas lojas "Rei dos Discos" na XV, em Curitiba. Comecei a ser doutrinado a ser anti Rolling Stones, pois Beatlemania tinha que desprezar Mick Jagger. Hoje gosto das duas bandas.
Para registro histórico: Neste exato momento começa a decisão da Copa do Mundo 2010. Holanda x Espanha. Vou esperar o termino do jogo para declarar meu palpite certeiro do vencedor. Esperto o cara, não? 

O som do amor!



Homenagem aos tempos de namoro na casa da Bátian.
Fins dos anos setenta, região colada ao Jardim das Americas, na casa do Jorge começou a historia dos Kawakami Oliveira. Bátian e Ditian obrigado por me receberem e me aceitarem.
Victor e Samira também agradecem.

sábado, 10 de julho de 2010

A internacionalização dos Paranaenses

Fui reintegrado à tribo, ou melhor, a tribo foi reintegrada a mim.
Era minoria que realisticamente não embarcava na onda ufanista do “Brasil o melhor do mundo”. Era e sou, por convicção, um apaixonado pelo futebol- arte. Exceção quando diz respeito à minha paixão pelo meu Atlético, pois aí, esqueço a arte e me envolvo pelo coração. Começa novamente acelerar minhas batidas cardíacas num ritmo de expectativa. Estou eufórico como há muito tempo não me sentia. Renovações por atacado sempre ocorrerão na Baixada, principalmente na época do Farinhaqui. Mas, desta vez algo me diz que vai dar certo.
Foram dez novas contratações: Guerron, Mithyuê, Vitor, Oberdan, Paulinho, Eli Sabiá, Eder, Ivan Gonçales, Nieto e Thiago Santos que sequer estrearam ainda. Além dos recém contratados que ainda estão se adaptando, como Wagner Diniz, Maikon Leite, Branquinho, e a esperança de raça e comando com o Clayton, recém saído do departamento médico.
A esperança não para aí. Acho que ter jogadores interessantes (comparados com os que tínhamos) precisa necessariamente de um técnico a altura, inteligente e organizador. Acho que a oportunidade do Carpegiani chegou e ele deverá abraçá-la com determinação. Não esqueçamos que ele também é uma nova contratação. Só acho que para ser mais exigente deveríamos ter uma melhor avaliação na equipe de fisicultores e de preparação física, pois este e qualquer outro time nos dias de hoje depende muito do condicionamento físico dos seus atletas. Guerron não renderá se não tiver esquema para ter espaço e fôlego para suas pontadas agudas.
Temos um pano de fundo interessante para os atletas, dirigentes e torcedores, pois assistimos lições importantes nesta Copa da África e a motivação maior é que a próxima será no Brasil, aqui na Arena “Copel”.


Arrisco escalar o titular na certeza de que o Carpegiani não começa um treino, desde que aqui chegou, sem consultar esse blog. Acreditem.
Pra confundir o adversário começo do fim para o começo. Esperto, não!
Jofre (estou usando o primeiro nome para dar um nó nos espiões de plantão), Paulo, Ivan e Wellington, Fontoura e Serra, Elias e Sciola, Carvalho e Eli e finalmente Norberto.
Com várias opções no banco de reserva. Esqueçam Netinho, Rodolfo, Chico, Renan, David, Anderson Aquino, Marcelo, Leandro, etc.
Opa! Acabo de receber uma Twittada do Carpa perguntando quem são estes jogadores. Novas indicações? Ora bolas!
Vou para Arena no próximo jogo sabendo que ainda não será este o time que entrará em campo, mas aos poucos, mais umas quatro rodadas e  anotem este esquadrão. 

domingo, 4 de julho de 2010

Pipoca Danilo!

Hoje não deve ser mais assim, mas quando jogava na rua do meu bairro, por ser o menor da turma e por ser "habilidoso", sem modéstia, quase semre arrumava confusão com os trogloditas adversários. Zagueiros botinudos que batiam com a elegancia do Felipe Melo. Será que ele tem mãe! Sururu e eu no meio, ou melhor, pivò da encrenca que começava com uma caçada na área, eu estendido na terra, a bola no fundo da rede, invariavelmente, e zilhões de gente se empurando e xingando palavrões que hoje se ouve tranquilamente em cumprimentos nas salas de aulas. Neste instante, para minha já bafejada sorte aparecia a figura salvadora do irmão mais velho. Maior, enfezado e brigão era porrada para tudo e para todos com a chancelaria do "salvar o mano menor". Estamos vivos, graças a Deus.
Danilo, a tua hora vai chegar!
Se arrependimento matasse, voce estaria muerto, careta!
O Manoel aquele que voce chamou de macaco, lembra! Pois é, ele acaba de chamar o irmãozão, mano.
Estará treinando daqui alguns dias no CT que voce bem conhece e lá o Manoelzinho irá contar a tua ousadia. 
Uoô! o Guerron chegou! Uoô! o Guerron chegou! 
Para teu desespero Danilo tem o jogo de volta no Brasileirão. Ah! Dizem aqui que o equatoriano anda sempre junto com o Fred, sim o Rincon. É mole ou quer mais! 

sábado, 3 de julho de 2010

Meu nome não é Luiz.

Estou me seguindo.
Sinto falta de ler o que escrevo e mais de uma vez me flagrei abrindo automaticamente o meu blog para ver se tinha novidade e aí percebi, lamentando, que a ultima postagem eu já tinha lido.
Pudera, fui eu mesmo que escrevi, ora bolas!
Começo a me confundir. 
Às vezes imagino cenas, ou penso em algo que não sei se já escrevi no blog, misturo o fazer com o pensar em fazer. Estranho.
"Médiun único", penso, não falo e acontece. Isto deve ser com todo mundo! 
O pretensioso escriba deste brinquedo divertido acha que tudo é assunto para registro no blog. Não há filtro, por enquanto. Não há censura ainda. Talvez, inconscientemente, a auto censura.
Leio noticias, avalio a potencialidade da repercursão do conteúdo e faço um comentário a respeito, depois vejo se convém colocar na rede. Mas é para mim mesmo. Não tenho um publico alvo, exceto o blogueiro.
Estou sorvendo calices em doses homeopáticas de um novo livro de cabeceira - Veríssimo - Time dos sonhos. Registre-se que presente de minha filha como a brindar essa minha nova fase.
Primeiras páginas e confesso que fiquei achando que a arte de Luiz Fernando imita a vida, neste caso a minha nova vida, a de escrever com prazer.
Leitor leve com humor.