Amor próprio,
amor de sí,
amor do ‘eu.
Esse amor inconfundível que percebo que tenho de mim mesmo.
Meu amor amor meu.
Porque eu sinto de mim para mim,
de eu pra eu, não divido.
Guardo pro meu de...leite.
Compreensível amor das minhas coisas;
dos meus pertences,
dos meus gostos
e porque não dos meus desgostos.
Em respeito ao meu amor próprio tomo uma decisão que adiei por alguns meses.
Agonizante, teimava em não aceitar o óbvio (me lembra Luis Fernando Veríssimo em “A cidade de Óbvio”), e hoje fecho meus sentidos (dois deles, à bem da verdade) para me preservar, para me proteger e quiçá manter o meu amor próprio.
A fala e a audição não mais me acompanharão em minhas viciantes jornadas pelos campos do futebol.
Não será tarefa fácil me desprender deste vício maldito que é torcer, ainda mais para o meu time de m...
Isolamento total.
(estou avaliando se escrever também deveria fazer parte deste ”celibato”)
Não mais me pronunciarei com palavras, sons ou até mesmo sussurros e nem gemidos sobre as performances, sobre os resultados, sobre as táticas, as técnicas ou mesmo sobre as éticas do futebol, até pelo menos terminar essa gestão patética do MM.
Não assistirei a programas esportivos;
não ouvirei comentários de jornalistas;
de especialistas, de especuladores e tampouco de picaretas sobre o esporte;
quer em âmbito local, nacional ou internacional.
Fechei pra balanço.
Vou me dedicar à caminhada urbana e iniciar os passeios ciclísticos pela cidade e parques. Uma substituição que pode preservar o meu amor próprio, pelas minhas coisas, por mim e para minha saúde, desligo-me do meu Atlético. Até a gestão do Petraglia.
Piada de mau gosto, avisa o Ministério da Saúde, faz mal para os saudáveis de bons propósitos.
Em tempo: por que a imprensa não desrotula as barbáries das torcidas “organizadas” como sendo de torcedores do time A ou B? Por que não dá a eles o mesmo tratamento aos marginais e bandidos que andam soltos por aí? Vamos resgatar o uso da expressão “torcedor” para aqueles que simplesmente torcem para seu time.