terça-feira, 4 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Curiosidades!
Em campanhas anteriores os partidos e principalmente os candidatos utilizavam os padrinhos politicos, as raposas e os coroneis para se apresentarem aos eleitores cativos. Ney Braga, Paulo Pimentel, Jaime Lerner, Brizola ou então Paulo Maluf, entre outros. Hoje, ninguem quer colar em ninguem. Com exceçao do Requianismo e do candidato oficial que ainda quer pegar carona no Governador, mas candidato a vereador quer carreira solo. Não quer associar seu nome com politicos de carreira. Sinal dos novos tempos. Mas não vamos nos deixar enganar que se estes omitem seus mentores, mas estes pertencem a partidos que em outras claras palavras representam farinhas do mesmo saco, Tipo José Dirceu, Bibinho, Ratinho pai, Lulas e seu mensalão, e assim por diante,
Em campanhas anteriores os partidos e principalmente os candidatos utilizavam os padrinhos politicos, as raposas e os coroneis para se apresentarem aos eleitores cativos. Ney Braga, Paulo Pimentel, Jaime Lerner, Brizola ou então Paulo Maluf, entre outros. Hoje, ninguem quer colar em ninguem. Com exceçao do Requianismo e do candidato oficial que ainda quer pegar carona no Governador, mas candidato a vereador quer carreira solo. Não quer associar seu nome com politicos de carreira. Sinal dos novos tempos. Mas não vamos nos deixar enganar que se estes omitem seus mentores, mas estes pertencem a partidos que em outras claras palavras representam farinhas do mesmo saco, Tipo José Dirceu, Bibinho, Ratinho pai, Lulas e seu mensalão, e assim por diante,
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Arte combina com carinho.
Ensinamento oriental: Se voce se dispõem a fazer algo, pense muito antes de por a mão na massa. Ao decidirem elas mesmas a fazerem as caixinhas de lembranças do casamento, Samira e Clecy se propuseram a carinhosamente fazer da arte uma expressão de amor. E o resultado foram centenas de pequenos e lindos pedaços de paixão.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
JANELA, PORTA, ESPELHO E O OLHAR.
Olhar pra frente
Olhar pra fora
Olhar profundo
Olhar o mundo
Janela aberta
Olhar pra fora
Olhar o mundo
Pensar profundo
Olhar pra fora
Pela porta ou pela janela
Não sentir remorsos
Não sentir nada
Olhar o espelho
Este sim uma janela
Aberta voltada para o passado
Porta entreaberta
entre ontem e o amanhã
Espelho refletindo o ontem
Mostra o que foi
Descobre o que já era
Esconde o que será
Porta, janela e espelho
Na mesma reta
Forma um tunel
Tunel do tempo fatal.
sábado, 10 de março de 2012
Facefishing
O prazer! O gosto de pescar.
Esse hobby me foi introduzido não faz muito e devo isso graças ao meu cunhado Mario.
Pescaria em água salgada, no mar, podendo ser na pedra, na praia e melhor ainda embarcado.
Simplesmente delicioso. Confesso que minha iniciação foi defeituosa, pois mal acostumado, pulei algumas das mais importantes etapas de uma pescaria: o planejamento.
Há um ritual que começa na madrugada do dia "D"ou deveria ser "P". Após arrumado as tralhas (varas, anzois, carretilhas, linhas, apetrechos variados e coloridos), separado, por tamanho, por tipo, por pescador, devidamente etiquetado, azeitado, e principalmente "benzido", tudo feito pelo Mario, rumavamos para a baia. Às vezes de Antonina, outras vezes a de Guaratuba, mas a melhor mesmo é a de São Francisco. Barra do Sul é espetacular. Repito: espetacular.
Piloteiro preparado com iscas frescas, água potavel, um generoso farnel (tambem preparado com muito requinte pelo Mario), seis horas da manhã e algumas milhas distante do continente, um visual de beleza indescritivel. Cumplicidade com a natureza, uma paz invade o seu interior sem que voce se aperceba.
A proposta é a de aproveitar o maximo aqueles momentos. Simplesmente magico.
Algumas regras que aprendi:
1. Bom humor - imprescindivel; 2. iscar no anzol um belo especime de camarão ou sardinha e mexer os lábio como se estivesse rezando; 3. lança-se com graça e firmeza a isca num ponto que voce intui estar o cardume- coletivo de peixe grande; 4. Aguarda-se a fisgada que às vezes antecede de alguns beliscos e outras vezes vem de repente, num grande e unico "puxão" que te assusta e agora cabe a voce, com sua técnica, sua malícia e seu preparo fisgar o exemplar esperado. A partir deste momento há um jogo de cena hollyudiana, um embate, uma briga de MMA onde o vencedor em qualquer resultado é voce. A vara, a linha e o anzol contra uma bicuda, um pampo, ou uma salteira, podendo também ser um lindo robalo, e até mesmo um dourado do mar, não importa, tudo é espetáculo, tudo é emoção, adrenalina pura. Só quem teve essa experiencia sabe do que estou falando.
Tirar o premio dágua é outro desafio. A briga, a luta entre voce e a natureza, fazendo ele cansar e se cansar, tudo "faz parte", mas levantar o trofeu é algo de Copa do Mundo.
Finalmente embarcado, admirar o belo "fish" e devolve-lo ao mar, ao seu habitat é a grande sacada.
Tá dificil de voltar a fazer uma nova pescaria.
Há um tipo de pesca que eu particularmente gosto. A chamada de pesca ao corrico (Spinning) que consiste em arrastar uma ou várias linhas dotadas com iscas naturais e deixar a deriva, com o barco em baixa movimentação e ao longo do trajeto vai fisgando os peixes a medida que se passa por um cardume. Lembrei dela e deste grande prazer graças a um outro amigo recente que no perfil de seu Facebook postou um desenho de um "TUBARÃO". Gosto duvidoso e nem sei o porque deste lance. Mas vamos ao que interessa: Ao usar a figura do peixe "sem graça"usando uma frase provocativa, me remeteu a lembrança da minha pescaria. Pensei imediatamente em responder a provocação e isto foi em seguida rebatido, e vieram outros "metidos", uns a favor do "filo chordata"- talvez por isso sejam a favor e uma grande maioria contra (meus verdadeiros amigos). Gerou alguns bites e paragrafos que num determinado momento encerrou.
ACHO QUE ENTENDI A GRANDE SACADA DO FACEBOOK PARA MIM.
É uma pesca ao currico.
A vara é o teclado, a isca são as frases, as "deixas" que são postadas aos milhares, o cardume são os amigos que voce adiciona e os peixes - só poderia ser os amigos senão cardume é coletivo de que? Mané!
Taí meu apego ao FaceFishing. A pescaria via Internet. Fico pesquisando na memoria, no Google e outros lances do dia a dia, temas e causos para lançar no meu FaceFishing e depois de postado, no meu aquario particular, a ansiedade me leva a cada instante, mesmo fazendo outras coisas, ... do trabalho, por exemplo, a dar uma espiada nas "notificações"para ver se fisguei algum peixe - amigo. Se negativo, volto ao que estava fazendo, mas se um exemplar foi pego na rede, começa a batalha de trocas de frases de efeito e provocações. Até que um desista e então devolve-se o fish para o mar.
Detalhe que existem tipos de peixes (amigos adicionados) diferentes categorizados por voce mesmo. Uns são coloquiais, outros formais, outros divertidos e espirituosos, outros tendenciosos, religiosos, fanaticos, café com leite, enfim inumeros tipos que compõem o seu aquario.
Divertido. Cada vez mais vejo semelhanças entre a pescaria ao currico e o meu Facebook.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Povaréu
Muito dificil encontrar alegria no circo
Perdeu brilho pois o picadeiro foi para arquibancada
Os artistas são expectadores do show
E o público o palhaço do espetáculo.
Choro e lamentos
Perdeu brilho pois o picadeiro foi para arquibancada
Os artistas são expectadores do show
E o público o palhaço do espetáculo.
Choro e lamentos
sábado, 14 de janeiro de 2012
Morretes um novo lar!
Ideias que se colocadas em prática rendem muito dividendos.
Onde jogar quando fecharem a Arena para obras?
Alternativas: Couto Pereira ou Durival de Britto. Campos dos adversários.
Mas não é simplesmente pagar o aluguel e mandar os jogos em casa alheia. Implica em ter que obrigatoriamente gastar com reformas, adequações, segurança, logistica para uso racional, restrições quanto a espaços comuns a serem divididos, como vestiários, camarotes, placas de publicidades, acesso aos fanaticos, riscos de indenizações sobre vandalismos, etc...
A estratégia usada pelo Coritiba quando teve que jogar em outro local (por motivo não nobre) foi de se deslocar ao Estado vizinho - Santa Catarina e contabilizou um grande prejuizo financeiro.
Constatação: O time de futebol exige a presença do torcedor, pois ele é fundamental para as dificeis vitorias. O Clube Atletico Paranaense tem sido assim desde que foi fundado, até porque raras vezes montou um time forte que pudesse prescindir dos cantigos de incentivo das arquibancadas. Isto ficou mais flagrante nestes ultimos anos.
Se analisarmos o perfil da "geração arena" podemos captar informações importantes, tais como:
* Vinte e tres a vinte e cinco mil lugares é a capacidade do estadio;
* 85% desta ocupação são sócios contribuintes que mensalmente pagam R$ 70,00 o que é um valor que por si só exclue a grande massa de torcedores atleticanos e pelos planos para a reforma há indicios que este valor subirá para R$100,00;
* A média de publico nos jogos na Arena tem sido boa em torno de 14 mil torcedores, considerando campeonatos Paranaense e outros mais atrativos;
* Não há garantia alguma que usando qualquer um outro lugar manteremos esse número de associados, pelo contrario a possibilidade de redução é muito grande, então devemos planejar acomodações mais simples e menores para este periodo de exilio.
A minha proposta é de se elaborar um plano adequado a essa realidade, ou seja, fazer um elenco enxuto, modesto, se desfazer destes altos salários, de técnico caros e trabalhar no limite do razoável. Não vejo necessidade de se buscar títulos e devemos nos concentramos em concluir o nosso santuário, que depois de terminado será um fator de avançarmos anos luz aos demais clubes no futebol brasileiro.
Escolher a nova casa em Morretes.
Tudo aquilo que iriamos gastar nos campos dos adversarios da Capital, investiríamos em Morretes.
Cidade atleticana, turistica, perto de Curitiba, não possui clube local disputando campeonato estadual da serie A, e que com incentivo municipal, com uma inteligente estrategia de marketing, com parcerias com o comercio local, arregimentaríamos um grande contingente de novos torcedores do litoral e adjacencias.
Investiremos no campo do clube local, caprichando no gramado e nas arquibancadas que podem ser até aquelas moveis do "Farinhaque", enfim adotar o municipio como a segunda casa dos atleticanos. Lotaríamos com certeza em todos os jogo, mantendo a tradição do alçapão. Só que precisaríamos investir bastante no gramado, é essencial para o sucesso do nosso time.
Morretes simpática, acolhedora, é quase um bairro de Curitiba e se fizermos promoções com os patrocinadores do Clube podemos levar um bom público para os nossos jogos. Lembrar que após a Copa de 2014, deixaríamos um legado tambem para Morretes, com um belo equipamento esportivo e talvez fazer desta parceria um novo PSTC.
Prof. Carlos Eduardo Pereira de Oliveira – administrador esportivo
Onde jogar quando fecharem a Arena para obras?
Alternativas: Couto Pereira ou Durival de Britto. Campos dos adversários.
Mas não é simplesmente pagar o aluguel e mandar os jogos em casa alheia. Implica em ter que obrigatoriamente gastar com reformas, adequações, segurança, logistica para uso racional, restrições quanto a espaços comuns a serem divididos, como vestiários, camarotes, placas de publicidades, acesso aos fanaticos, riscos de indenizações sobre vandalismos, etc...
A estratégia usada pelo Coritiba quando teve que jogar em outro local (por motivo não nobre) foi de se deslocar ao Estado vizinho - Santa Catarina e contabilizou um grande prejuizo financeiro.
Constatação: O time de futebol exige a presença do torcedor, pois ele é fundamental para as dificeis vitorias. O Clube Atletico Paranaense tem sido assim desde que foi fundado, até porque raras vezes montou um time forte que pudesse prescindir dos cantigos de incentivo das arquibancadas. Isto ficou mais flagrante nestes ultimos anos.
Se analisarmos o perfil da "geração arena" podemos captar informações importantes, tais como:
* Vinte e tres a vinte e cinco mil lugares é a capacidade do estadio;
* 85% desta ocupação são sócios contribuintes que mensalmente pagam R$ 70,00 o que é um valor que por si só exclue a grande massa de torcedores atleticanos e pelos planos para a reforma há indicios que este valor subirá para R$100,00;
* A média de publico nos jogos na Arena tem sido boa em torno de 14 mil torcedores, considerando campeonatos Paranaense e outros mais atrativos;
* Não há garantia alguma que usando qualquer um outro lugar manteremos esse número de associados, pelo contrario a possibilidade de redução é muito grande, então devemos planejar acomodações mais simples e menores para este periodo de exilio.
A minha proposta é de se elaborar um plano adequado a essa realidade, ou seja, fazer um elenco enxuto, modesto, se desfazer destes altos salários, de técnico caros e trabalhar no limite do razoável. Não vejo necessidade de se buscar títulos e devemos nos concentramos em concluir o nosso santuário, que depois de terminado será um fator de avançarmos anos luz aos demais clubes no futebol brasileiro.
Escolher a nova casa em Morretes.
Tudo aquilo que iriamos gastar nos campos dos adversarios da Capital, investiríamos em Morretes.
Cidade atleticana, turistica, perto de Curitiba, não possui clube local disputando campeonato estadual da serie A, e que com incentivo municipal, com uma inteligente estrategia de marketing, com parcerias com o comercio local, arregimentaríamos um grande contingente de novos torcedores do litoral e adjacencias.
Investiremos no campo do clube local, caprichando no gramado e nas arquibancadas que podem ser até aquelas moveis do "Farinhaque", enfim adotar o municipio como a segunda casa dos atleticanos. Lotaríamos com certeza em todos os jogo, mantendo a tradição do alçapão. Só que precisaríamos investir bastante no gramado, é essencial para o sucesso do nosso time.
Morretes simpática, acolhedora, é quase um bairro de Curitiba e se fizermos promoções com os patrocinadores do Clube podemos levar um bom público para os nossos jogos. Lembrar que após a Copa de 2014, deixaríamos um legado tambem para Morretes, com um belo equipamento esportivo e talvez fazer desta parceria um novo PSTC.
Prof. Carlos Eduardo Pereira de Oliveira – administrador esportivo
Há Dez anos atrás...
Carlos Eduardo Pereira de
Oliveira
Curitiba
2002
apresentação
Ao me deparar com o desafio, já era tarde, pois você ser expectador é
diferente de ser participante. Quando me dei conta já estava no segundo
parágrafo deste texto que, humildemente, pretende ser um passo em direção a uma
nova concepção de gerenciamento esportivo – mais moderno e profissional. De
acordo com David McClelland – psicólogo da Universidade de Harvard: “nos
empreendedores há uma força sempre
presente e predominante: a motivação para a realização”. Esse elemento
psicológico crítico, denominado por ele de “motivação da realização” ou “impulso para melhorar”, é que
talvez tenha me possuído, mesmo que por alguns instantes. Hoje percebo a
complexidade do tema mas, ao mesmo tempo, me convenço de que não sou mais um
dentre milhões de torcedores apaixonados pelo futebol no mundo. A partir de
agora não só torço mas também participo dele como um agente crítico
apresentando sugestões. Saio do imobilismo e coloco as minhas opiniões, meus
pontos de vista.
Instigado pelo cenário abaixo descrito e respaldado pelos conceitos
apreendidos nos bancos da
universidade, no curso de Especialização em Administração Esportiva pela
Universidade do Esporte - Pr., desenvolvi uma proposta que busca uma
alternativa econômica para colocar os Clubes, as instituições esportivas numa
situação de vanguarda,
iniciando-as em suas mudanças administrativas empresariais.
O princípio deste estudo está na diferença absurda entre as estruturas
técnico-administrativas que alguns clubes apresentam em comparação com a grande
maioria que compõem o grupo da 1ª.
Divisão do futebol paranaense.
Ao analisar essas diferenças percebe-se que isto afeta diretamente o
sucesso do Campeonato Estadual que, segundo alguns críticos, deveria ser
extinto, esquecendo eles da história de quase 89 edições ininterrupta (desde
1915).
A
“fina flor” da sociedade curitibana se fez presente, bem como muitas
autoridades civis e militares, destacando-se o Presidente do Estado Dr. Carlos
Cavalcanti e o Alcaide Dr. Cândido de Abreu.
O
marcante acontecimento social e esportivo, teve solenidades e discursos no meio
do campo, da então Praça de Esportes do Internacional F.C., no bairro Água
Verde. As caleças ficaram estacionadas na praça fronteiriças ao estádio, onde
os cavalos tinham grama para pastar e os cocheiros sombras acolhedoras de
árvores. (o jogo inaugural descrito por jornalista da época.[1])
Existem inúmeras causas, que devem ser estudados com muito critério. “Um
problema tem sempre vários ângulos para ser analisado e nem sempre pode ser
representado por uma única pergunta. Ao se tentar, percebe-se a sua
complexidade”. (Anônimo)
A análise e o descobrimento das entranhas do futebol paranaense sugere
vários ângulos de visão não só dos problemas como das possíveis soluções, senão
vejamos:
A visão sociológica – quando o jogo de poder (conforme
Pierre Bourdieu, Norbert Elias entre outros) dá margens para discutir a
perpetuação dos dirigentes nos Clubes e na própria Federação Paranaense de
Futebol - suas razões e conseqüências. De acordo com Elias,
para
melhor compreender a problemática sociológica, é preciso um trabalho de reorientação da compreensão
do termo sociedade, onde teremos que diluir a idéia de que a mesma é composta
por estruturas que nos são exteriores e que os indivíduos são “rodeados” por
ela, avançando para o conceito de “teias de interdependências” ou
configurações, o que no limite nos encaminha para uma visão mais realista das
disposições e inclinações das pessoas em suas variadas maneiras de relação[2].
Já Bourdieu faz uma referência importante sobre a “sociologia do esporte”
quando alerta que para “compreender um esporte, qualquer que seja ele, é
preciso reconhecer a posição que ele ocupa no espaço dos esportes... é preciso
relacionar esse espaço de esporte como o espaço social que se manifesta nele” (GEBARA,
Ademir. Norbert Elias & Pierre
Bourdieu: novas abordagens, novos temas. Coletânea. VI Congresso Brasileiro
de história do esporte, lazer e educação física.).
Ou seja, avaliar o futebol, por exemplo, dentro do contexto do próprio
futebol inserido na sua comunidade, os seus efeitos e as modificações que ele
provoca nesta comunidade.
A visão legalista – quando se vive o momento histórico
da implantação de leis revolucionárias no futebol, impondo a transformação das
entidades de práticas esportivas em sociedades comerciais ou sociedade civil
com fins econômicos;
A visão mercadológica – quando se percebe a importância do
futebol, dos clubes e do campeonato como produtos para grandes e vorazes
consumidores.
O objeto de estudo pode ser ainda explorado pelo lado acadêmico, quando
se firma no cenário nacional uma das primeiras e melhores Universidades
voltadas exclusivamente para o esporte – a Universidade do Esporte (U. E.)
formando Administradores Esportivos não só a nível técnico como principalmente
especialistas, como no curso de Pós-Graduação.
Cabe àqueles que se interessarem, explorar estes e/ou outras vertentes
deste estudo.
A minha opção prendeu-se ao
uso e aplicação do marketing esportivo como ferramenta de análise.
O presente trabalho foi estruturado para melhor compreensão dos que por
ele se interessarem em tópicos assim descritos:
A Introdução trata de um descritivo sobre a situação lamentável em que se
encontra o futebol brasileiro, passando por um relato superficial à respeito do
futebol paranaense. Faz um alerta sobre as possíveis causas e sugere
algumas necessidades, apontando
para a opção, mas de forma genérica. Aproveita ainda para caracterizar as
dependências das parcerias e dá uma indicação sobre a estratégia a ser
utilizada no encaminhamento de possível solução ao problema. No capítulo I
continua a denuncia envolvendo mais a regionalização das preferências clubistas
e denuncia uma tendência desastrosa caso não seja tomado nenhuma providencia.
Questiona as razões e leva o leitor a uma reflexão sobre as alianças
necessárias e importantes. No capitulo seguinte confronta com alguns exemplos
de sucesso no futebol internacional demonstrando que as características
encontradas atualmente no futebol paranaense remete a uma alternativa prática e
decisiva. Já no capítulo III se define a proposta tal como ela é e suas fases
de execução, mostrando os benefícios obtidos por cada parceiro de forma clara e
inequívoca. A conclusão, no último capítulo, procura deixar portas abertas a
outras possíveis especulações a respeito do tema e convida ao empreendimento.
A
crise que afeta o futebol brasileiro tem inúmeras razões e se revela de forma
inequívoca no estado de falência dos clubes mais tradicionais. Essa crise
influi nos campeonatos e nos torneios que são realizados as pencas e que mesmo
falidos ainda insistem em se manterem mediante fórmulas arcaicas e obsoletas
revelando o despreparo dos nossos dirigentes. As dificuldades técnicas e
econômicas que o Campeonato de Futebol Paranaense vem atravessando nos remetem
a oferecer uma alternativa prática para o resgate dos grandes jogos. Enfocamos
a necessidade de se usar
ferramentas e técnicas gerenciais modernas e adequadas para atingirmos a
qualidade e a eficiência nos
clubes de futebol profissional, em especial os do Paraná. Esta qualidade é
buscada pela transformação dos clubes em empresas como preconiza a legislação
atual. Este trabalho realizado através de estudo teórico, observações nas
administrações dos clubes e entrevistas com personagens do futebol paranaenses
mostra que é possível oferecer uma alternativa para transformar o campeonato
paranaense num empreendimento lucrativo. A escassez de recursos é o ponto em
comum da grande maioria dos clubes brasileiros e os do Paraná não são exceção, em parte como reflexo
da própria situação econômica do país, acrescente-se a esse quadro “a falta de
novas idéias, com práticas arcaicas
e o que se vê é uma situação de penúria, em que as transformações ocorrem
timidamente, distante daquilo que poderíamos considerar ideal”. (BRUNORO, José
Carlos, AFIF, Antônio. Futebol 100%
profissional.)
Até
os dias de hoje o futebol passou por vários estágios, conforme Brunoro
identifica:
Dentro de campo, o
progresso é incontestável, mas o mesmo não acontece na forma como é dirigido e
organizado. Enquanto assistimos pela televisão aos principais campeonatos do
mundo com estádios lotados, por aqui constatamos um público reduzido, obrigado
a conviver, ainda, com um calendário inchado e uma série de torneios que não foram
totalmente assimilados pelos torcedores. O modelo adotado pelo futebol
brasileiro não atende à maioria dos clubes, e é muito prejudicial aos atletas[3].
Diante
dessa situação, poucas agremiações conseguem equilibrar os gastos e a receita.
É preciso que os campeonatos tenham como princípio abrigar equipes de níveis
técnicos semelhantes e que também possam despertar o interesse do público.
O
futebol, para se modernizar, precisa ser analisado como um todo. Ele precisa
ser tratado como um produto que está à venda e, como tal, deve atender às
preferências do consumidor, cuidar da qualidade e da imagem.
O
objetivo é tornar lucrativo o Campeonato Paranaense e a Federação Paranaense de
Futebol, como instituição responsável pela sua realização, deve aproveitar o
momento atual onde as pressões do mercado (aqui podendo ser entendido pelo
torcedor; pela mídia; pela própria reformulação da legislação esportiva)
empurra em busca de soluções inovadoras.
Devemos
tratar o Campeonato Paranaense como um “Evento” de caráter esportivo do tipo
permanente (que é aquele que ocorre periodicamente) e como uma “atividade
econômica”, ou seja com uma visão técnica,
isto é, com planejamento, programação, execução e o monitoramento de uma
seqüência de atividades destinada a um público específico e realizada em locais
próprios. E com uma visão de negócio que
gera uma série de benefícios para as empresas (clubes e federação), para os
patrocinadores, para as cidades, para os comércios locais, restaurantes e
hotéis, enfim, para a comunidade.
O
evento pode e deve oferecer opções de comercialização, que são os produtos
agregados, tais como:
Patrocínio ou co-patrocínio
-
através de agências de propaganda ou empresas de promoção do patrocinador;
- diretamente pela área de marketing ou promocional do
patrocinador.
Direito de uso da marca do evento
- campanhas promocionais e ações de propaganda e
publicidade.
Licenciamento
-
empresas licenciadas que comercializam seus produtos com a logotipia do evento.
Venda de espaços
- comercialização e promoção de produtos e serviços.
Publicidade no local do evento
- peças promocionais instaladas estrategicamente no local do
evento.
Permuta por produtos / serviços
- produtos ou serviços a serem utilizados no evento.
Observe-se
que em uma empresa comercial os objetivos do negócio são:
Lucratividade
Crescimento de vendas
Crescimento da participação de
mercado
Redução de risco
Inovação
Reputação
Diz
Neném Prancha – filósofo folclórico do futebol brasileiro – “Em futebol, o pior cego é aquele que não
acerta a bola”. Está aí mais uma verdade em forma de parábola, pois na
Administração Esportiva é cego aquele que não percebe as oportunidades.
Não
percebe que existem ferramentas à mão das quais ele pode fazer uso, pois o
próprio evento, por si só, é um desses instrumentos, ou seja;
- ele atinge
o público – alvo desejado –que é o torcedor;
- divulga a
sua marca;
- promove o
seu produto;
-
potencializa suas vendas e,
-contribui
para a expansão e conquista de novos mercados.
O
Campeonato é uma ferramenta de Marketing
pois tem a capacidade de juntar o negócio do patrocinador com os
consumidores potenciais em um ambiente interativo.
O Campeonato como ferramenta de promoção
consegue:
- ajudar na
divulgação da marca do patrocinador;
- contribui para uma melhor posição da marca no mercado;
- contribui
para o aumento de vendas;
- serve para
testes do produto;
- serve para
instrumento de pesquisa no mercado;
- serve como
estratégia de expansão de mercado.
Ao
se propor uma alternativa lucrativa para o campeonato estadual, no Paraná,
objetivando atender os propósitos de um empreendimento comercial, já que
devemos encarar como um negócio, teremos, sem dúvida, que contar com a
participação de alguns componentes extremamente importantes que fazem parte
deste contexto de cujas ações o projeto é dependente:
q Da vontade política da atual
Presidência da Federação Paranaense de Futebol, pois dela dependerá a
implantação, a coordenação, a contratação dos profissionais que compõem o grupo
executivo e o respaldo legal e institucionais para materializar a proposta.
q Da visão estratégica e arrojada dos
dirigentes dos três clubes da Capital, visto serem eles os responsáveis para a
formação de um dos pilares da idéia, conforme veremos a seguir.
q
Da
determinação da administração da Universidade do Esporte em participar de um
projeto ousado mas exeqüível, colocando a sua produção científica a serviço da
sociedade, fazendo valer as suas tres premissas de “EXCELÊNCIA EDUCACIONAL –
EXCELÊNCIA SOCIAL – EXCELÊNCIA CIENTÍFICA” e os seus objetivos:
v Incentivar e promover a busca de
novos talentos em todas as manifestações do esporte, estimulando a participação
ativa de atletas expoentes da comunidade;
v Valorizar os esportes ...
v Possibilitar que a iniciativa privada
participe do desenvolvimento social da comunidade, através de parcerias com o
setor público;
v Incrementar e desenvolver novas
tecnologias que possibilitem a qualificação dos interessados quer seja mediante
a exigência presencial quer seja à distância;
v Propor a realização de estudos e
pesquisas em áreas que subsidiem a temática de aperfeiçoamento e
desenvolvimento do esporte e do lazer;
v Avaliar os resultados da qualificação
e os impactos de melhoria do ensino e da prática desportiva;
v Promover encontros ou seminários a
partir da identificação de necessidades;
v Executar cursos profissionalizantes,
de extensão e especialização na área de esportes, em parceria com instituições
de ensino e empresas privadas.
q Da percepção da mídia sobre o
potencial de variações que o projeto possui para que seja atingido mais
torcedores, mais consumidores, mais receita, enfim o objetivo do negócio que é
a lucratividade.
q Do engajamento dos Presidentes de
Clubes do interior em participar de uma fórmula que resgatará a dignidade
esportiva do seu Clube promovendo uma modernização na estrutura e implantando
uma administração profissional. Com isso atraindo,conquistando e ampliando o
seu maior patrimônio, que é o torcedor.
q Da participação efetiva e
compreensiva da torcida paranaense para com o proposto sabendo que a busca pela
transparência bem como o seu envolvimento nos negócios do futebol trará num
curto prazo de tempo uma nova e saudável forma de torcer. Mais apaixonante,
mais prazerosa e mais rentável.
Na
Europa vários clubes em decadência só puderam se reerguer a partir do momento
em que romperam laços paternalistas e amadores, adotando posturas mais
profissionais em sua organização, amparadas por estratégias de marketing
bastante eficazes e com consultores financeiros de alto nível, que mostraram
que um forte elenco de jogadores pode gerar muitos dividendos no mercado de
ações da Bolsa de Valores.
Uma
das estratégias de maior importância para o êxito da implantação e manutenção
do projeto sem dúvida é a aplicação do marketing
esportivo – marketing aplicado ao
esporte, no caso o futebol e em especial o futebol paranaense. “É inútil
dizer a um rio para parar de correr; a melhor coisa é aprender a navegar na
direção em que ele corre.” (anônimo)
Entendo
que se os dirigentes esportistas criticam o Campeonato Estadual de Futebol, a
saída não está, de forma alguma, na sua extinção. O melhor é conhecê-lo e
propor uma nova forma de administrá-lo, oferecer um mecanismo que o torne
rentável, participando do seu gerenciamento de forma profissional e científica.
Para
tanto o Planejamento e a Gestão Estratégica devem ser intensamente buscado.
“Planejamento Estratégico entendido aqui como um processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação
razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças de
oportunidades de mercado”. (CONTURSI, Ernani Bevilaqua. Marketing Esportivo.)
Planejamento
é a chave de qualquer atividade potencialmente lucrativa.
Estes
propósitos estão sem dúvida contemplados
neste projeto como veremos.
O
objeto de estudo em tela diz respeito à “desvalorização gradativa do Campeonato
Estadual Paranaense de Futebol Profissional” nestes últimos anos, isto perante
a imprensa, perante os patrocinadores e principalmente junto aos torcedores.
A
Federação Paranaense de Futebol, órgão máximo que comanda o futebol no Estado,
organiza e programa o campeonato apresentando-o aos clubes. A tabela vai sendo
preenchida rodada a rodada sem a preocupação com o crescente abismo que vai se
formando entre as equipes da Capital (Atlético, Coritiba e Paraná) e as do
interior do Estado. Antes do seu início jornalistas especializados ocupam horas
e espaços na mídia para criticar a fórmula, o processo, as regras, numa
verdadeira crucificação do torneio. Criticam-se os dirigentes, os clubes, os
árbitros, enfim tudo que se refere ao evento, contrariando os princípios do
marketing e as leis de mercado.
Também
os clubes não ajudam na promoção daquilo que é a essência do esporte, que é a
competição. Declarações infelizes dos “cartolas” prejudicam a imagem quando
afirmam não ser compensador investir nas contratações e no fortalecimento dos
times, visto o desinteresse dos torcedores, a pouca freqüência do público, as
dificuldades financeiras etc. Isto afasta o torcedor, o patrocínio e as chances
de sucesso.
Os
clubes do interior vão se arrastando, contraindo dívidas, cumprindo um ritual
macabro de mais uma vez se afundarem em ações judiciais indo até a falência. No
outro campeonato trocam o nome da instituição, novo CGC e começam tudo
novamente.
Um
ou outro consegue revelar um jogador na temporada, mas este pertence a um diretor,
a um empresário nunca trazendo lucro para o clube. Estes empresários de
jogadores, com raras exceções, são verdadeiros “especuladores” que intermedeiam
negociações entre o clube e o atleta elevando o custo das transações,
inflacionando o futebol. Este assunto mereceria um capítulo à parte na análise
a respeito da crise pelo qual passa o futebol brasileiro. Queremos, no entanto,
deixar esta observação como um registro sobre esta nebulosa indústria
especuladora que se instalou em muitos clubes cujas contratações e transações
milionárias são alvos de investigação.
Não
temos dúvida que a falta de transparência afastou o torcedor. O futebol é um
patrimônio público e deve ser cuidado com muito zelo, como um bem caríssimo por
aqueles que se dizem responsáveis por ele. Antonio C. K. Aidar descreve este
sistema esportivo responsável, como
um sistema de
instituições e agentes diretamente ou indiretamente ligados à existência de
práticas e de consumo esportivos, que são:
Ø Agrupamentos esportivos (clubes, ligas privadas, CBF –
Confederação Brasileira de Futebol-, FPF –Federação Paranaense de Futebol-
etc.);
Ø Produtores e vendedores de bens necessários à pratica
do esporte (chuteiras e equipamentos esportivos – Nike, Adidas etc.);
Ø Produtores e vendedores de serviços diretos
necessários à pratica do esporte (professores, treinadores, médicos
especialistas etc.);
Ø Produtores e vendedores de espetáculos esportivos e
bens associados (foto dos campeões, loteria esportiva, transmissões pela TV,
etc.)[4]
Os
estádios estão cada vez mais vazios também porque o público desconfia que está
sendo enganado por maus dirigentes, por maus juízes, por maus jogadores
(recentemente um jogador famoso declarou que o clube finge que lhe paga e ele
finge que joga), enfim, falta seriedade na condução dos destinos do “esporte
bretão”.
Quanto
à questão central- o campeonato estadual, observa-se que, da forma como tem
sido concebido, ao contrário do que deveria ocorrer, ele tem contribuído para
corroer o sentimento pátrio do torcedor, pois tem feito com que os moradores
das cidades do interior
paranaense, em sua maioria, torçam pelos times de outros centros num
processo de “desnacionalização” e porque não dizer de perda da identidade para
com as coisas da sua cidade. “O futebol identifica as pessoas, seja pela origem
que o liga a grupos próprios, seja porque cada clube não é objeto de compra ou
de venda, o que o torna preso a um lugar, reforçando o laço de identificação”.
Taylor
(1998) lembra que:
o futebol representa uma
válvula social para inúmeros jovens e adultos, uma espécie de nutrição
psicológica que possibilita o senso da vitória, do sucesso, do reconhecimento e
da identificação para estas pessoas. Portanto ao lhe negar essa possibilidade ele
procura em clubes de outros centros a sua identificação. Quando se deixa de
considerar essa ligação primária entre torcedor e clube, o poder da torcida
pode perder a intensidade, acarretando uma perda de valor global do mercado
futebolístico[5].
Percorre-se
a região sudoeste e encontram-se gremistas, colorados (torcedores do Grêmio e
Internacional estes do Rio Grande do Sul), palmeirense, santista e
corinthianos. Isto também é verificado em Maringá, Londrina, Umuarama, Ponta
Grossa e Paranaguá com fanáticos torcedores do Flamengo, do Vasco entre outros.
Que prejuízo irreparável para os nossos clubes. Os times do Rio Branco, do
Cascavel e do Maringá precisam, assim como todos os outros, que os
parnanguaras, os cascavelenses e os maringaenses torçam por eles, sintam
orgulho das suas cores e invistam neles, fortalecendo a própria economia local.
Cabe a reprodução de trechos de uma coluna de um dos mais respeitado analista
do futebol paranaense, o jornalista Luiz Augusto Xavier, datado de 17/02/2003
escrevendo a respeito das primeiras rodadas do Campeonato Paranaense 2003, para
ser ter idéia da contemporaneidade do tema:
E desta vez enfrentaram
adversários tradicionais, que fazem parte da história do futebol paranaense e
que se mantêm uma fidelidade às cores e às tradições estabelecidas no passar
dos anos. Iraty, Rio Branco e União Bandeirantes têm histórias para contar. Já
houve tempo em que decidiam campeonatos, armando fortes e temidas equipes,
praticamente imbatíveis em suas bases[6].
Mais
adiante alerta o jornalista:
Nem mesmo esta quinta
geração do outrora glorioso Grêmio Maringá, que a cada ano ganha uma identidade
nova, um CGC novo e um número cada vez menor de torcedores – e como era grande
e entusiasmada a “torcida guerreira” que tanto se empolgou com aquele “Galo”
antigo, três vezes campeão paranaense e com título brasileiro no currículo[7].
A
propósito das tradições e do envolvimento do torcedor, Xavier vai mais fundo
quando afirma:
O Cascavel também é
outro camaleão (referindo-se ás constantes mudanças de nome e cores) ... Mas
parece não andar lá essas coisas, acumulando derrotas e a incômoda última
posição do campeonato. (...) A continuar assim, o pessoal da região vai
preferir mesmo é continuar torcendo pelo Grêmio e Internacional, que é só o que
interessa pelas bandas de lá[8].
Campeonato
mais forte e melhor organizado resulta em melhores rendas, fortalece o clube, o
público fiel e fanático gera mais consumo, ocorrem mais vendas de camisetas, de
bandeiras. Espetáculos entre o time local e o de outros centros provoca
rivalidade (saudável) e aumenta o consumo de tudo que diz respeito ao futebol.
Fortalece o comércio local, tais como: hotéis, restaurantes, aumentam a leitura
de jornais em busca de notícias sobre os seus craques, enfim se processa uma
injeção considerável na economia de uma cidade.
De
acordo com Brunoro:
o relacionamento
torcedor-clube é um patrimônio que se valoriza conforme as seguintes variáveis:
· Quantos torcedores o clube tem;
· Qual é o retorno de um jogo;
· Quantas pessoas adoram este clube e qual a intensidade
desta devoção;
· Qual é a expansão demográfica dos torcedores[9].
Ou
seja, quanto mais torcedor um clube tem, a sua distribuição geográfica e a
intensidade desta paixão são reflexos da grandeza de um clube, pois esse é o
seu maior patrimônio, aumentando-se as chances
dele se tornar e de manter um
clube “rico”, enfim, trata-se de um grande objetivo a ser alcançado.
É
sobre esse patrimônio que todos os outros clientes (TV, patrocinadores etc.)
estão atentos.
Porque
não temos um campeonato atraente ?
O
“xis” está no desequilíbrio técnico, físico e administrativo das equipes. Na
desorganização profissional dos times.
A
ausência de organização nos departamentos de futebol, o despreparo do pessoal
técnico–administrativo, a falta de estrutura mínima, tais como: de alojamento,
alimentação, médica- ambulatorial, as inexistências de um departamento de
marketing, jurídico e
principalmente de um departamento amador que cuide das categorias de base, isto
tudo tem contribuído para que as diferenças com os clubes da Capital provoquem
este desequilíbrio.
Mas
se pudéssemos reestruturar os clubes chegariam próximo ao equilíbrio e por
tanto teríamos um campeonato forte. Devemos entender isto como um processo, um
desafio a ser vencido de forma gradual e organizado.
Times
fortes- clubes fortes e daí surge o ídolo e este provoca o sentimento de
orgulho na cidade, na região, resgatando a consciência de que ali também
existem os ronaldinhos, os robinhos e klebersons cujas presenças fazem encher
os estádios. Os torcedores do time local sentem que a conquista do campeonato é
uma conseqüência e não um acaso.
A
proposta visa o fortalecimento dos clubes que participam do campeonato
paranaense e não é só de atletas mas também de estrutura física, material e de
profissionais qualificando-os através da parceria com instituições de ensino
superior como a Universidade do Esporte, promovendo assessorias, palestras e
prestando consultorias aos clubes.
O
primeiro e grande passo é o de sensibilizar as forças vivas do esporte do nosso
Estado que tenham interesse em participar de um projeto desta magnitude. Dirigentes, políticos,
atletas, jornalistas, profissionais das mais diferentes áreas, professores e as
instituições públicas e privadas e principalmente os torcedores.
E
todos deverão estar comprometidos com essas premissas:
Regra n°.01 - Transparência nas
atitudes;
Regra n°.02 - Seriedade;
Regra n°.03 - Honestidade;
Regra n°.04 - Dedicação
Outras regras: -Dedicação, dedicação,
dedicação,...
Capitulo II – A
fundamentação
De
acordo com a FIFA, o futebol mundial movimenta cerca de US$ 250 bilhões por ano
e no Brasil, (celeiro de craques, exportador de atletas, pentacampeão mundial)
os 24 principais clubes profissionais afundam em dívidas que, somadas, superam
mais de US$ 500 milhões.
Entre
as causas principais escolho para fundamentar este trabalho – o despreparo e a
ignorância dos gestores do negócio chamado futebol.
A
marca futebol é muito forte e atinge milhões de pessoas, pois, afinal, é difícil
encontrar algum brasileiro que não tenha paixão por algum clube.
Este
torcedor é a razão do espetáculo, cabendo aos gestores, os dirigentes, o
desenho de fórmulas a fim de encantá-lo. Para tanto é preciso inovar visando
surpreendê-lo. “Já não basta satisfazer o cliente, é preciso encantá-lo”
(KOTLER, Phillip. Princípios de
Marketing.)
Por
mais que uma agremiação conte com diretores abnegados, somente um profissional
da área de marketing tem condições de executar plenamente os trabalhos e as
tarefas do dia-a-dia. Cabe aos diretores do clube supervisionar o setor,
analisando propostas, discutindo contratos com o departamento jurídico,
observando a qualidade dos produtos candidatos ao licenciamento e buscando
alternativas no combate à pirataria dos artigos.
Tratar
a administração do clube e/ ou da federação com profissionalismo é dar a essa
atribuição a importância que ela merece, senão vejamos: só no item
licenciamento há um grande passo a ser dado, mas com muito cuidado e
utilizando-se exemplos (adaptados) de sucesso, como por exemplo o japonês.
Naquele país, o futebol é organizado pela Japan League, que é a federação de
futebol. É por meio da J. League Pictures, divisão de marketing dessa
federação, que os produtos de todos os times são licenciados e as cotas de
televisão são negociadas. Essa estratégia vem tendo muito sucesso, já que
oferece às equipes mais do que arrecadam com a própria venda de ingressos.
Outro
exemplo da importância do MKT no futebol, vem da Europa, tida como importadora
de craques, principalmente brasileiros, os clubes do velho mundo sabem que a presença de grandes astros em
suas equipes significa aumento de faturamento, senão vejamos: a Inter de Milão
depois de contratar Ronaldinho o clube teve elevação de 30% na venda de carnês
antecipados dos seus jogos, rendendo mais de 12 milhões de dólares, ou seja,
quase a metade do valor pago pela transferência do jogador brasileiro.
A
nova geração de dirigentes, respaldados por administradores profissionais,
formados por instituições de ensino superior, poderá oferecer as alternativas
de tirar estes clubes e o futebol brasileiro desta triste situação de
dificuldades.
Para levar nossas
paixões brasileiras ao mesmo patamar de forças mundiais como: Ajax, Real
Madrid, Manchester Unitd, Barcelona, entre outros –pois temos o principal em
toda linha de produção, a matéria –prima -, é necessário repensar o conceito do
futebol, sob todos os seus aspectos, em busca da esperada competitividade sem a
destruição do produto[10].
O
caminho é fácil de ser visualizado, sendo necessária para a sua execução uma
união de todos os envolvidos no processo: governo, clubes, jogadores,
dirigentes, torcedores, técnicos, juízes e a mídia na manutenção da magia do
esporte, o que se traduz em dinheiro, que alimentará o desenvolvimento do
esporte, havendo uma limitação à procura desenfreada do lucro ou se irá minar a
perpetuação da espécie futebolística.
Conforme
a afirmação de Pelé:
– a transformação do
futebol em uma atividade que ultrapassa os limites da disputa esportiva para
ganhar contornos de negócio não pode ser desperdiçada por um país carente de
recursos e de políticas sociais de grande impacto”. Sem dúvida não podemos nos
dar ao luxo de negligenciarmos uma industria que controla bilhões de dólares no
mundo por ano[11].
Para
o rei do futebol
na esteira da construção
dos estádios, da organização dos torneios, da produção das linhas de
licenciamentos e da assessoria aos atletas é que seriam abertas centenas de
milhares de novos empregos, gerando renda, que se multiplicaria a cada nova
rodada, a cada nova temporada. Renda que chegaria às categorias de base, em
projetos que acabariam beneficiando parcerias entre clubes -empresas e escolas
e comunidades carentes. Seria a revolução social da alegria movida pela paixão
pelo esporte[12].
Os
empregos a que Pelé se refere, no Brasil atual são bastante diversificados e
com a profissionalização do esporte, também estes profissionais tendem a se especializarem:
consultores especializados em futebol, tendem a prestar consultorias aos clubes-empresas,
as federações e instituições responsáveis pela coordenação dos campeonatos. Os
nutricionistas, advogados, fisioterapeutas etc, todos encontram oportunidades
no futebol profissional. Nas áreas de ensino, como a Universidade do Esporte
poderão ser desenvolvidos cursos voltados ao futebol, tais como o Direito
Esportivo (em franca expansão devido às novas legislações), a Medicina
Esportiva, as áreas de Marketing, Financeira, Relações Públicas, Assessoria de
Imprensa, Informática etc.
No
futebol profissional a passagem da estrutura organizacional federativa e clubes
associativos para nova mentalidade de clube-empresa já estão produzindo
calafrios nos atuais dirigentes e nos torcedores brasileiro.
Empurrado
pelas Leis n°. 8.672, de 6-7-1993 (Lei Zico) e 9.615, de 24-3-1998, denominada
de Lei Pelé e as determinações da Medida Provisória n°. 2.193-6/2001, de
23-8-2001, os dirigentes atuais, com raras exceções, sentem-se ameaçados e
incompetentes para encontrar alternativas viáveis que transformem seus
“elefantes brancos” em empresas lucrativas e enquadradas nas novas
determinações legais. Isto vale para os clubes esportivos, para as federações,
confederações, ligas, etc.
Trocar
o amadorismo que prevalece nestas administrações pelo profissionalismo é sem
dúvida imperativo e um grande desafio e não pode ser feito por uma só pessoa,
por uma decisão unilateral de um dirigente, terá que ser um esforço coletivo de
todas as forças esportivas do Estado e de forma coordenada.
Mudar
a ótica obtusa e secular de que os adversários de dentro das quatro linhas são inaceitáveis como parceiros
fora do campo de jogo é um dos primeiros desafios, assim como aceitar que o
torcedor e sua paixão podem e devem participar ativamente das decisões do seu
clube, transformando-os em consumidor voraz de tudo aquilo que o futebol pode
produzir.
Na
nova ordem do futebol profissional paranaense o carro-chefe passará a ser o Campeonato Estadual e os personagens
participam com um único objetivo: o lucro.
Ser
campeão passa a ser um detalhe a mais, pois todos os integrantes saíram
ganhando: dinheiro, experiência, organização, profissionalismo. Um verdadeiro
negócio na acepção da palavra.
Na
Inglaterra com 92 clubes -empresas e quatro divisões o “sucesso” pode não ser
conquistar a Premier League, mas sobreviver nela com uma lucratividade
sustentável no curto e médio prazo.
Uma
gestão empresarial implica no uso de alguns procedimentos importantes como:
planejamento pautado em variáveis econômicas e captação de receitas garantindo
rentabilidade dos negócios. Indo além dos limites do gramado, passando pelo
vestiário, percorrendo as salas de fisioterapia, a concentração e o centro de
treinamento, chegando nas diretorias, tudo isto deve sofrer profundas mudanças.
Uns
poucos estão se preparando mas a grande maioria não se sente em condições
administrativas, físicas, financeiras para ingressarem neste rol dos
clubes-empresa.
Atualmente
são flagrantes as diferenças dos níveis entre essas equipes, e em particular no
Estado do Paraná, onde temos o chamado “trio de ferro”: Atlético/Paraná Clube/Coritiba,
que ainda mantêm uma condição melhor que as demais equipes paranaenses. Isto
tem feito deles participantes cativos das finais dos campeonatos estaduais. Ao
contrário da maior parte dos outros mercados, em que o sonho de um produtor
individual é ficar sozinho no mercado, no futebol o sucesso de um clube está
totalmente vinculado ao sucesso de seus concorrentes.
Quanto
mais disputa, maiores receitas.
Se
por vários anos o mesmo time ou, como no caso do futebol paranaense –um dos
três da Capital – for campeão sem disputa acirrada, o torcedor perderá o
interesse pelo futebol. Diz Szymanski e Kuypers (1999:247-8) que
a competição entre os
esportes coletivos não é possível sem cooperação entre os competidores, e este
fato básico torna os esportes coletivos companhias singulares no mundo dos
negócios. Um esporte coletivo competitivo não pode ser produzido e vendido ao
público a menos que dois times concordem em jogar. No futebol os clubes têm de
cooperar e competir[13].
Há
de se considerar que, sem levar em conta as tradições e a potencialidade das
suas torcidas, no Paraná, temos os três clubes da elite do futebol brasileiro
(até porque disputam a primeira divisão nacional) o Coritiba, o Paraná Clube e
Atlético Paranaense considerados como grande e os demais poderiam ser
considerados, a título de análise estrutural, como times pequenos e médios.
Assim
raciocinando temos uma desigualdade bastante acentuada que em muito tem
prejudicado a todos, inclusive os grandes, pois tira todo o interesse nas
disputas entre estes, causando prejuízos financeiros ao Campeonato Estadual.
Como
diz Martin Edwards, presidente do Manchester Unitd, clube mais rico do futebol
mundial, “a força de um campeonato é a força de seu time mais fraco” (EDWARDS,
Martin. ), dá uma idéia da importância do equilíbrio. Para que isso possa
ocorrer é preciso modernizar as relações interclubes propiciando vantagens
econômicas- financeiras e transformar torcedores de mero expectadores em
acionistas do futebol, esta é a “surpresa”.
Propor
uma nova concepção de dirigir o futebol paranaense. Uma parceria institucional
formal e criativa entre os clubes. Lavra-se um pacto para a promoção e
reerguimento do campeonato estadual e o ressurgimento das grandes equipes do
interior do Estado.
Ponto
fundamental para ocorrer este milagre: o
equilíbrio de força entre os participantes do campeonato.
Quando duas equipes
similares se encontram, todas as outras coisas sendo igual, você poderia
esperar um público maior do que quando uma equipe forte joga com uma mais
fraca, porque o interesse público é estimulado pela incerteza do jogo (...)
Todo resto sendo igual, quanto mais times em condições de ganhar o campeonato
(e de serem rebaixados), mais atrativos os jogos do campeonato se tornam[14].
De
85 a 97, segundo pesquisa publicada pelo jornal O Estado do Paraná, a média de
público no Campeonato Paranaense não chegou a 3.000 torcedores, com queda
verificada de ano a ano, chegando em 1997 atingir a insignificante marca de
2.151 expectadores.
Causas
?
Podemos
arrolar algumas destas causas, no mais puro e arriscado ato de empirismo, visto
não ter sido feito nenhum aprofundamento a respeito:
Ø
Amadorismo inerente na maioria dos clubes;
Ø
Tabelas pouco objetivas;
Ø
Hegemonia do Paraná Clube (num determinado
período)
Ø
Enfraquecimento dos clubes do interior.
Sobre
este último item, verificou-se o enfraquecimento devido ao desaquecimento de
setores econômicos, em especial a agricultura, abalando o poder aquisitivo dos
seus torcedores e dos mecenas que nas décadas passadas sustentaram os clubes,
incentivados por interesses políticos e pessoais. Clubes como o Cascavel e
Grêmio de Esportes Maringá, campeões regionais nas décadas de 70 e 80,
suspenderam suas atividades em decorrência de dívidas. (má gestão
administrativa).
Por
que não temos um campeonato com a participação do Arapongas; 9 de julho
(Cornélio Procópio); Platinense (Santo Antonio da Platina); União Bandeirantes;
Grêmio de Maringá; Portuguesa Londrinense; Rolândia; Cascavel; Toledo;
Paranavaí; Goioerê; Umuarama; Foz do Iguaçú; Marechal Candido Rondon; Batel
(Guarapuava); Malutron (São José dos Pinhais); Araucária; Lapa; Irati;
Matsubara (Cambará); Rio Branco (Paranaguá); Colombo etc., todos num mesmo
nível técnico–organizacional, fortes e competitivos ?
Que
belo campeonato nós teríamos.
Difícil
? Não, basta bom senso amparado em uma consciência política dos dirigentes,
deixando de lado a vaidade corrosiva e largamente praticada. Essa visão pode
ser adaptada conforme a necessidade local visando não ceifar mercados
potencialmente consumidores de esporte. E todas essas cidades têm o fundamental
que é o apaixonado torcedor.
Há
de se mudar as administrações destes clubes que deverão ser entregues à pessoas
formadas em administração esportiva por instituição de ensino especializadas,
em busca da não repetição dos erros de décadas passadas.
O
mercado brasileiro possibilita aos investidores um público de 150 milhões de
torcedores- consumidores a serem explorados, ávidos por consumir produtos
relacionados ao esporte. Quantos serão no Paraná ? Em Mandirituba ? Em
Paranaguá ? e assim por diante. Acredita-se que mais de 40% da população ativa
num município faça parte deste “target” do esporte.
O
valor de um clube é diretamente proporcional à sua torcida, contando, para
tanto, com o número de torcedores e o seu respectivo poder aquisitivo, além de
outros aspectos como a sua história, número de títulos, capacidade da produção
de sua principal mão-de-obra, no caso jogadores.
Para
reforçar este dado, o Flamengo e o Corinthians, dois dos maiores clubes de
futebol com maior torcida no País somam juntos mais de 43 milhões de torcedores
que com certeza possuem algum “souvinier”
do seu time.
No
aspecto da participação popular há necessidade de se mudar o perfil do
torcedor. Vamos envolvê-lo no nosso projeto fazendo dele um parceiro que torce
pelo seu clube e também pelo sucesso do empreendimento. Vamos fazê-lo
participar da empresa –futebol.
O
consumidor final ou seja o torcedor representa o princípio de tudo no mercado
do futebol, pois foi a partir dele que todos os outros agentes se transformaram
em consumidores intermediários (são os produtores e vendedores de espetáculos
esportivos e bens associados, a mídia, a loteria esportiva e empresas
licenciadas que vendem produtos ligados ao espetáculo esportivo (bonés, fotos
de campeão etc.)).
Capitulo III – A
proposta
Propomos
formar um consórcio, ou outra denominação que possa ser dado, entre o maior
número de personalidades, instituições esportivas e demais componentes da
sociedade civil para se firmar um pacto em prol do futebol paranaense.
Constitui-se
um grande e representativo conselho que será responsável em avaliar, melhorar e
gerenciar o projeto decidindo, dirimindo dúvidas e se posicionando como um
“forum” de decisões para a execução do proposto.
Abrangerá
os seguintes segmentos:
Ø
Clubes de futebol paranaenses;
Ø
Atletas profissionais de futebol;
Ø
Dirigentes dos clubes, das associações de
classe, dos sindicatos de atletas e de jornalistas;
Ø
Dirigente da Federação Paranaense de Futebol;
Ø
Os patrocinadores;
Ø
Universidade do Esporte;
Ø
Instituições esportivas, escolas de educação
física;
Ø
Profissionais da área esportiva, professores e
estudantes;
Ø
Torcedores, etc.
Constituindo
assim o Conselho Fiscal e Consultivo com os seguintes membros:
a. Um
representante da Federação Paranaense de Futebol -F.P.F.
b. Um
representante da Universidade do Esporte – U. E.
c. Um
representante do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Paraná (ou da
Associação dos Cronistas Esportivos do Paraná –ACEP).
d. Um
representante do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado.
e. Um
representante do Clube Atlético Paranaense.
f. Um
representante do Coritiba Futebol Clube.
g. Um
representante do Paraná Clube.
h. Um
representante da promotora do evento (RPC Comunicação)
i. Um
representante da Associação de Defesa dos Consumidores –ADOC.
j. Um
representante da Ordem dos Advogados do Brasil –secção Paraná – OAB (e ou do
Ministério Público).
Serão
10 membros representando dez entidades que simbolizam o extrato da sociedade
civil voltado para o esporte os quais se reunirão sempre que convocados, numa
agenda pré-definida. Serão escolhidos: um Presidente, um Vice-Presidente e um
Secretário que ocuparão os cargos por dois anos, permitindo-se uma recondução.
Esta
Diretoria designará um grupo executivo - GE, para administrar o funcionamento
do projeto que constará de:
Ø
Um Administrador Esportivo (pós- graduado pela
Universidade do Esporte);
Ø
Um Contabilista formado e com registro no
Conselho Regional de Contabilidade;
Ø
Um Advogado especialista em Direito Esportivo.
O
GE contará com assessoramento de estagiários da Universidade do Esporte; das
escolas de Educação Física; de Comunicação Social; dos cursos de Administração
de Empresas da Universidade Federal do Paraná; dos cursos de publicidade entre
outros (estes através do encaminhamento do Centro de Integração Empresa –
Escola (CIEE) e/ou órgãos similares.)
As
despesas desta estrutura serão de responsabilidade inicialmente da Federação
Paranaense de Futebol –FPF e, após 12 meses, o próprio projeto gerará receitas
para se tornar auto-sustentável. A FPF também atuará como agente contratante
até o projeto se tornar uma empresa de assessoria – prestadora de serviços à
FPF.
Atribuições
do GE na administração do projeto:
Ø
Zelar pelo fiel cumprimento do plano;
Ø
Listar, classificar e manter disponível as
fichas e a relação dos atletas envolvidos em todas as fases;
Ø
Programar, convocar e realizar os sorteios nas
diferentes fases do processo;
Ø
Controlar, aplicar e prestar contas dos recursos
financeiros e materiais recebidos, mantendo equilibrado a receita e as despesas
rigorosamente;
Ø
Cuidar e assessorar os aspectos legais em
consonância com as legislações vigentes.
DESCRIÇÃO DAS FASES:
FASE I – QUANTO
AO CEDENTE
Os
tres clubes da Capital (Coritiba, Atlético e Paraná Clube) disponibilizaram
para o projeto uma lista de atletas. Este grupo de jogadores
formaram o que denominamos de Bolsa de
Talentos ou BT. Os clubes citados serão denominados de Clubes-cedentes.
Bolsa de Talentos (BT) : trata-se de um grupo de jogadores
que em seus clubes de origem não teriam chances de serem aproveitados devido ao
excesso de atletas na posição, mas que o clube não tem interesse em
dispensá-lo. Normalmente eles ficarão aguardando serem emprestados ou continuam
treinando no clube até surgir uma oportunidade na outra temporada. São
considerados craques emergentes, pois muitos são juvenis ou juniores e que
prometem “estourar” num futuro
próximo. No entanto devido a esta falta de oportunidade no time de cima alguns
ficam desestimulados e até acabam desistindo.
A
passagem pela BT oferece a eles uma grande chance para que adquiram experiência
e sejam expostos na vitrine do futebol paranaense mostrando e valorizando o seu
talento nato.
A
Bolsa de Talento funcionará como um balão de oxigênio para os clubes grandes,
pois possibilitará renovar o plantel num menor espaço de tempo.
Detalhe
importante da BT é que os atletas envolvidos continuam com seus direitos
federativos vinculados aos clubes de origem. Somente se, num prazo de 18 meses
após o retorno ao seu clube de origem para possível aproveitamento, ele for
negociado com um outro clube, haverá uma compensação de 15% sobre a transação
para o clube que o revelou.
Também
se observa que durante o período que ele estiver emprestado ao clube do
consórcio os salários, o seguro e os impostos regulamentares continuarão sendo
pagos pelo clube de origem.
Haverá
ampla divulgação e cobertura por parte da imprensa especializada para promover
estes atletas e o projeto. A mídia e o departamento de marketing do projeto se
encarregarão disso.
FASE II - QUANTO
À RECEPÇÃO
Os
demais clubes do campeonato estadual serão inscritos no projeto como
clubes-receptores. Essa situação permite que eles recebam da BT atletas, sem
custo adicional, reforços significativos aos seus planteis, permitindo
competirem com mais equilíbrio e com possibilidades reais de ganharem o
campeonato.
Observa-se
que a melhoria na qualidade do plantel torna os campeonatos mais disputados,
atraindo mais público, mais renda e mais comerciável para os promotores e
patrocinadores.
Há
vantagens também que com estes reforços o clube melhora as chances de destacar
sua marca, qualificando-se para melhor explorar os mercados locais, aumentando
também as chances de revelar pratas da casa.
Apesar
de não ter preferência de aquisição definitiva no jogador revelado por ele, o
clube-receptor terá uma participação na transação futura que ocorrer com este
atleta, num período de 18 meses.
Ao
fazer parte do projeto, o clube do interior receberá a um custo subsidiado,
toda assessoria técnica –científica dos profissionais que compõem o consórcio,
como psicólogos, professores das universidades, administradores e advogados,
enfim um rol de profissionais especializados que prestarão consultorias,
assessorias e palestras para aqueles que os solicitarem. Há possibilidade de se
estabelecer convênios com as faculdades de educação física, de medicina, etc.,
na contratação de serviços.
Faz
–se o cadastramento dos atletas e profissionais (número variável conforme os
interesses dos participantes) que forem disponibilizados pelos três clubes da
capital elaborando-se uma lista com nomes, idades, posições, datas de vigência
dos contratos, características pessoais etc., providenciando-se um protocolo
para posterior sorteio. Por exemplo:
Atlético,
Coritiba e Paraná cederiam jogadores (juvenis, juniores e profissionais
disponíveis) que serão aproveitados pelos clubes do interior, mediante sorteio,
servindo como reforço de qualidade, possíveis talentos cuja oportunidade pode
ser a diferença entre a fama e o fracasso.
FASE III - QUANTO
AO SORTEIO
Realiza-se
um sorteio em sessão pública, obedecendo a ordem do protocolo, com a
participação da imprensa e autoridades esportiva, programando-se um grande
esquema de marketing para promover o projeto a nível nacional. (Exemplo: Em Foz
do Iguaçu com a presença do Ministro dos Esportes, Governador, Secretários,
atletas, jornalistas, empresários, etc.)
Os
administradores da Bolsa de Talentos apresentarão, para sorteio, uma relação
nominal dos atletas por posição (zagueiro, goleiro e atacante).
O
clube sorteado com determinado jogador poderá declinar e automaticamente passa
a ter preferência o seguinte, e assim por diante. O jogador que recusar o
sorteio sairá do projeto.
FASE IV - QUANTO
AO RECEPTOR
O
clube-receptor, como contra-partida, colocará todo o restante do seu plantel
para formar um grande “cestão de profissionais”
denominados de Carteira de Ações de Atletas Profissionais do Futebol Paranaense
– CAAPFP.
Ao
CAAPFP será atribuído um valor em reais pelo conjunto dos seus componentes
conforme a seguinte tabela:
Goleiro:............................R$ 50.000,00
Zagueiro:..........................R$ 80.000,00
Atacante:..........................R$ 150.000,00
Então teremos:
Total
em R$ = (n x R$G) + (n x R$ Z) + (n x R$A)
Por exemplo:
Supondo que no primeiro momento participem cerca de 8 equipes do interior
e que estes disponibilizem (por força das regras) 15 jogadores cada. Seriam 120
atletas que conforme as posições (Zagueiros, Goleiros e Atacantes)
20 goleiros................
n x R$ G
Total ....... R$ 1.000.000,00
15 zagueiros..............n x R$ Z Total ....... R$ 1.200.000,00
85 atacantes .............. n x R$ A
Total ....... R$ 12.750.000,00
Total.......................................................
.................. R$ 14.950.000,00
Este seria o patrimônio da CAAPFP
que divididos em 14.950.000 cotas representaria R$ 1,00 cada cota para ser
comercializada com os torcedores. Estas cotas seriam comercializadas nos
pregões, nas bilheterias dos estádios, nas trocas por notas fiscais em parceria
com o Governo Estadual etc.
O
CAAPFP totalizado e transformado em cotas estará disponível no Mercado Aberto
de Ações para compra e venda junto aos torcedores.
FASE V - QUANTO À
VALORAÇÃO
No
decorrer dos jogos do campeonato uma equipe de jornalistas e profissionais
especializados (da Capital e do Interior) elaborará um ranking, rodada a rodada
com objetivo de eleger os destaques e formar, ao término, a seleção dos
melhores do campeonato, participantes do projeto.
Essa
etapa produzirá um efeito incentivador às performances dos jogadores, fazendo
crescer o montante avaliado inicialmente do CAAPFP, valorizando os
investimentos dos torcedores e também facilitando o acompanhamento dos olheiros
dos tres clubes da Capital para futuras transações.
A
seleção formada fará a entrega da faixa ao campeão estadual em jogo com renda
dividida parte para o sindicato dos atletas ajudar os ex-atletas e a outra
parte para uma entidade beneficente que cuida de crianças enfermas.
FASE VI - QUANTO
À TRANSAÇÃO
Quando
ocorrer uma transação implicará numa imediata valoração da cota e com isto
rendendo dividendos aos acionistas.
O
atleta pertencente ao CAAPFP terá, obrigatoriamente, que ser negociado com um
dos tres clubes da Capital, sempre mediante sorteio e pelo preço estipulado
anteriormente, ou seja o da tabela e somente se não houver interesse destes é
que poderá ser negociado com outros clubes até de outros Estados, isto a
qualquer preço.
Caso
o clube da Capital compre os direitos federativos e queira vendê-lo para
terceiro, antes do período de 18 meses, terá que ressarcir o clube revelador em
15% do valor da nova transação.
FASE VII - QUANTO
AO TORCEDOR
O
torcedor –investidor será aquele que adquirir cotas do CAAPFP:
Ø
junto às corretoras;
Ø
na compra de pacotes promocionais dos clubes;
Ø
na compra de pay-per-view das redes de TV;
Ø
na compra de ingresso no estádio;
Ø
na troca de Notas Fiscais em postos específicos.
Desta
aquisição 20% irá ser rateado junto aos clubes do interior participantes do
consórcio, 2% de taxa de administração e o restante será aplicado para saldar
os compromissos da liquidação ou do pagamento dos lucros aos acionistas.
FASE VIII- QUANTO
À MANUTENÇÃO
A
manutenção e funcionamento do projeto serão feitos pela receita de 2% em todas
as transações de jogadores, em percentuais das compras de papéis pelos
acionistas, nas negociações com os patrocinadores, na exploração da marca e
venda de royalty e nomes devidamente autorizados: como por exemplo na
comercialização da patente do projeto, nas parcerias com empresas privadas, na
participação dos promotores dos eventos, enfim em tudo que gerar valores
agregados ao projeto.
FASE IX - QUANTO
À CONTINUIDADE
Ao
término do campeonato reinicia-se o processo mantendo-se os mesmos
procedimentos.
As
vantagens e os beneficiários:
Ø
o torcedor
Irá assistir aos espetáculos não
só pelo prazer mas também com interesse nos resultados financeiros de cada
rodada.
Poderá acompanhar como acionista
e investidor envolvendo-se nas entranhas do futebol profissional agindo como
fiscalizador das atividades dos dirigentes.
Terá mais segurança e conforto
nos estádios pois haverá mais recursos para melhorá-los e contará também com a
aplicação do código de defesa do torcedor a ser implantado.
Ø
Promotores do Campeonato
Retorno
financeiro na venda de jogos pela televisão.
Campeonato mais disputado; maior
interesse do público telespectador na compra de pacotes PayPerView.
Melhora nas vendas
de comerciais.
Ø
Federação Paranaense de Futebol
Ineditismo da
idéia a nível nacional.
Mais uma fonte de renda e o
envolvimento através de parcerias de novos talentos da sociedade esportiva
paranaense.
Aumento do grau de
responsabilidade de gerenciamento e de resgate de imagem.
Respeito institucional
perante a sociedade civil.
Ø
Os Clubes de Futebol
Os tres da Capital
Maior exposição dos seus atletas
-talentos em competição oficial;
Aumento de chances em negociar
seus jogadores que estariam fora da lista dos aproveitáveis;
Ter à disposição uma reserva
especial de talentos para qualificar suas equipes ao final da temporada, por
preços razoáveis;
Aumento da renda dos jogos e
através das ações um atrativo a mais para os pacotes promocionais;
Oportunizar o crescimento do
futebol paranaense, capitalizando mais torcedores e conseqüente aumento da
venda de suas marcas.
Os demais clubes
Melhorar seu plantel sem custos
adicionais;
Participar de
um campeonato rentável e moderno;
Contar com auxílio de
profissionais de diversas áreas esportiva, saúde, psicológica e legislação,
através de convênio com instituições especializadas, como a U. E. a custos
subsidiados;
Contar com o interesse e a
cobertura da mídia, que acompanhará a performance dos clubes e dos talentos
colocados no projeto;
Comercializar com os clubes da
Capital seus valores com ganhos também na segunda transação.
Aumentar as chances de ganhar o
campeonato pelo equilíbrio das forças;
Qualificar seus dirigentes e
demais profissionais através do intercâmbio entre a Universidade do Esporte e
órgãos afins.
Obter uma renda adicional devido
a participação no CAAPFP;
Melhorar a sua participação na
divisão de cotas da transmissão de seus jogos pelo aumento do interesse do
público esportivo;
Captar ou melhorar a relação com
patrocinadores de material esportivo, de equipamentos junto à sua comunidade e
seus torcedores.
Ø
Patrocinadores
Aumento de consumo de seus
produtos pela melhora da qualidade do espetáculo.
Aumento de
praças para colocar sua marca, a custo menor.
Ø
Universidade do Esporte
Executar a teoria numa prática
inovadora ao participar de um projeto criado dentro da sala de aula;
Oferecer aos seus acadêmicos a
possibilidade de estágio remunerado na aplicação dos seus conhecimentos.
Expansão da
instituição como prestadora de serviços.
Aumentar a receita com a
realização de parcerias e serviços de consultoria aos clubes do interior –
atuar como uma prestadora de serviços à comunidade esportiva.
Reciclar suas teorias com o confronto
da realidade, promovendo troca de informações e usando o projeto como estação
de laboratório para desenvolver novas teorias.
Ø
Instituições civis (organizados ou não)
v
Sindicato dos Atletas Profissionais
Aumento da oferta de
empregabilidade dos seus filiados no Estado.
Atuação efetiva como órgão de
classe a serviço da categoria.
Fiscalizar a
ação dos empregadores.
v
Ordem dos Advogados do Brasil e /ou Ministério
Público
Utilização de profissionais no
desenvolvimento do Direito Esportivo como disciplina ou como área a ser
explorada;
Atuar como órgão fiscalizador e
árbitro nos eventuais conflitos entre as partes, dirimindo dúvidas e promovendo
jurisprudência;
v
Associação dos Cronistas Esportivos
Atuar como
órgão fiscalizador;
Promover mecanismos de ingresso
na carreira de estagiários da área de comunicação social.
v
Mercado de Ações
Criação e organização de novos
nichos de mercado e de tipos de papeis;
Alternativa de mercado e
instalação de novas câmaras de operações.
Ainda
sobre a perfeita sintonia deste projeto com as teorias, vejamos o que diz Mike
Johnson no seu texto sobre a “Administração no próximo milênio”.
– a vantagem competitiva
da empresa do próximo milênio será o conhecimento,
o aprendizado contínuo, a capacidade de inovar,
de antecipar-se às tendências do mercado
mundial, de fazer alianças que não
se justifiquem apenas como uma forma de entrar em determinado mercado e de terceirizar quando isso se adequar a um
plano estratégico, não por representar menor custo[15].
Perfeito!
Nada mais do que o encaixe de todas essas observações com a diferença de que já
estamos no terceiro milênio.
Conclusão
O MILAGREIRO MARKETING
Philip
Kotler definindo Marketing, diz que: “é um processo social e administrativo
pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e o que desejam através da
criação e troca de produtos e valor com outras pessoas”, e ao propormos uma
parceria entre os competidores e os diferentes segmentos do extrato esportivo paranaense,
estamos nada mais que aplicando o conceito de Kotler, ou seja, passa a ser um
movimento da sociedade acompanhada de procedimentos administrativos e político
visando à promoção do atleta (bolsa de talentos), a prestação de serviços pela Universidade do Esporte e outros
profissionais e a formação e funcionamento da CAAPFP (cestão de investimentos)
que objetiva render dividendos aos aplicadores.
A
lei do marketing diz: “o maior patrimônio de uma empresa é um cliente
satisfeito. Este é o melhor indicativo de lucros futuros da empresa”.
Portanto
se considerarmos o clube como a empresa o seu público - o torcedor, ele estará
satisfeito se o seu time estiver na ponta do campeonato e a sua satisfação
traduz em maior consumo dos produtos licenciados do clube, um aumento
significativo na quantidade de público nos estádios em seus jogos e a elevação
nos níveis das suas ações no mercado investidor. Isto está previsto no projeto.
É
fundamental para o êxito do projeto, para realização do evento - a ousadia,
pois temos:
O negócio: Campeonato Estadual de
Futebol Profissional
A missão: promover
o equilíbrio técnico –administrativo e financeiro entre os clubes participantes
do Campeonato, através da formação da Bolsa
de Talentos - BT, e torná-los financeiramente fortes, assim como seus
torcedores, com a implantação do mercado de ações da Carteira de Ações de Atletas Profissionais de Futebol do Paraná
-CAAPFP.
O Target: O
torcedor.
Um
dos componentes necessário neste
processo é, sem dúvida, a Assessoria de Imprensa que se constitui em uma das
mais importantes estratégias de comunicação no MKT esportivo, divulgando o
evento junto ao público formador de opinião. É uma peça componente de uma ação
de marketing, cujo objetivo é o de assumir toda comunicação editorial do
produto esportivo, coordenando e distribuindo informações, destacando o lado
empresarial do produto esportivo como objeto de destaque em sugestões de pauta,
redação de notas e entrevistas.
Ao
fazer a leitura de embasamento teórico encontramos premissas que dizem
exatamente o que estamos propondo, senão vejamos:
MODERNIZAÇÃO NA GESTÃO DOS NEGÓCIOS DO ESPORTE
1. Adoção de novas e radicais
estratégias de MKT;
1.1. Busca de posicionamento e
conceituação da marca;
1.2. Reestruturação organizacional;
1.3. Gestão de Recursos Humanos;
1.4. Terceirização de serviços que não são
negócios de empreendimento;
1.5. Busca do ponto de equilíbrio
financeiro
1.5.1.
Estabilização
do prejuízo
1.5.2.
Corte
das despesas
1.5.3.
Aumento
da receita
1.5.4.
Abertura
de Capital/ Investimentos
2. Busca de parceria com os meios de
comunicação
3. Desenvolvimento de novos
empreendimentos
4. Prospecção de novos negócios
5. Aprimoramento e otimização de
calendário de eventos
6. Prestação de melhores serviços
7. Capacitação de recursos humanos
Quanto ao item 1 a proposta procura resgatar o
conceito da marca “Campeonato Paranaense”, ou então em outra instância, a marca
de cada um dos filiados da Federação Paranaense de Futebol que participa do
Campeonato, pois tanto um como os outros estão em baixa, pelos motivos já
descritos. Faz isto propondo uma reorganização na forma de conduzir o torneio e
também as equipes, com a
profissionalização das gestões e a transformação dos clubes em clubes-
empresas.
Mexe também com RH da FPF e dos Clubes, numa
modernização dos procedimentos. Podemos considerar que o atleta sofrerá
modificações no seu comportamento, quanto à sua instrução formal (a
profissionalização vai até na escolarização dos jogadores); quanto à sua
compreensão do seu papel social; quanto à sua postura como personalidade
pública etc.
Para atender o item seguinte mostramos que muito dos serviços executados deverão ser
terceirizados, como as palestras, as assessorias técnicas, os cursos aos
técnicos e auxiliares sobre psicologia e motivação, enfim toda as formas de
qualificação dos recursos humanos dos clubes.
Quanto a busca do Ponto de Equilíbrio é o propósito do
êxito do programa até para a sua continuidade.
A novidade maior é a entrada do futebol no mercado de
ações. A formação inicial de uma Carteira de Ações e que futuramente levará a
entrada dos próprios clubes a se transformarem em Sociedades Anônimas –S.A.
Quanto à busca de parceiro na mídia ela se dará não só
na convocação do patrocinador do Campeonato que envolve uma boa soma de
recursos mas também no envolvimento do rádio e da imprensa escrita do interior
para participar e para compor junto com a Associação dos Cronistas Esportivos
do Paraná – ACP o Conselho Fiscal na operação Bolsa de Talentos -BT.
Quanto aos novos empreendimentos eles aparecem quando
deixamos aberto o projeto para sugestões e quando temos como um dos articuladores a Universidade do Esporte
–o parceiro técnico-científico do empreendimento.O responsável pela geração de
idéias.
Os demais itens por si só justificam sua presença.
No entanto para implantar o projeto
temos que observar:
v Diagnóstico – feito quando a
elaboração deste trabalho
v Elaboração do plano: – o que
representa estes manuscritos
v Divulgação: –importância já
evidenciada
v Implantação do plano : – próxima
parada
v Monitoramento: – A garantia do
sucesso.
É essencial ganhar dinheiro mas
aqueles que estabelecem isto como objetivo principal, geralmente ganham menos
do que os que se concentram em providenciar um produto ou serviço que satisfaça
a algum segmento da sociedade.
1. O desafio lançado no inicio deste
trabalho foi aceito e uma resposta foi dada. O “impulso para melhorar” foi o
sentimento presente e permanente em todas as incansáveis horas que dediquei,
sempre com objetivo de prestar um serviço à comunidade esportiva do Paraná.
[1] CONTURSI,
Ernani Bevilaqua. Marketing Esportivo.
[2] ELIAS,
Norbert. Introdução a Sociologia.
[3] BRUNORO, José Carlos, AFIF, Antônio. Futebol 100% profissional.
[4] AIDAR,
Antônio Carlos Kfouri; OLIVEIRA, João José de; LEONCINI, Marvio Pereira.
[5] TAYLOR,
Robert ª Como escolher e usar uma
consultoria de seleção de executivos.
[9] BRUNORO,
José Carlos. AFIF; Antônio. Futebol 100%
profissional.
[10] AIDAR,
Antônio Carlos Kfouri; OLIVEIRA, João José de; LEONCINI, Marvio Pereira.
[13] SZYMANSKI e KUYPERS
[14] SZYMANSKI e KUYPERS
[15] JOHNSON, Mike. Administração no próximo milênio.
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