segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Declaração de Amor!


Amor próprio,
amor de sí,
amor do ‘eu.
Esse amor inconfundível que percebo que tenho de mim mesmo.
Meu amor amor meu.
Porque eu sinto de mim para mim,
de eu pra eu, não divido.
Guardo pro meu de...leite.
Compreensível amor das minhas coisas;
dos meus pertences,
dos meus gostos
e porque não dos meus desgostos.
Em respeito ao meu amor próprio tomo uma decisão que adiei por alguns meses.
Agonizante, teimava em não aceitar o óbvio (me lembra Luis Fernando Veríssimo em “A cidade de Óbvio”), e hoje fecho meus sentidos (dois deles, à bem da verdade) para me preservar, para me proteger e quiçá manter o meu amor próprio.
A fala e a audição não mais me acompanharão em minhas viciantes jornadas pelos campos do futebol.
Não será tarefa fácil me desprender deste vício maldito que é torcer, ainda mais para o meu time de m...
Isolamento total.
(estou avaliando se escrever também deveria fazer parte deste ”celibato”)
Não mais me pronunciarei com palavras, sons ou até mesmo sussurros e nem gemidos sobre as performances, sobre os resultados, sobre as táticas, as técnicas ou mesmo sobre as éticas do futebol, até pelo menos terminar essa gestão patética do MM.
Não assistirei a programas esportivos;
não ouvirei comentários de jornalistas;
de especialistas, de especuladores e tampouco de picaretas sobre o esporte;
quer em âmbito local, nacional ou internacional.
Fechei pra balanço.
Vou me dedicar à caminhada urbana e iniciar os passeios ciclísticos pela cidade e parques. Uma substituição que pode preservar o meu amor próprio, pelas minhas coisas, por mim e para minha saúde, desligo-me do meu Atlético. Até a gestão do Petraglia.
Piada de mau gosto, avisa o Ministério da Saúde, faz mal para os saudáveis de bons propósitos.
Em tempo: por que a imprensa não desrotula as barbáries das torcidas “organizadas” como sendo de torcedores do time A ou B? Por que não dá a eles o mesmo tratamento aos marginais e bandidos que andam soltos por aí? Vamos resgatar o uso da expressão “torcedor” para aqueles que simplesmente torcem para seu time.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ter amigo poderoso é o que dá!

Eu tenho um amigo que ontem apareceu lá em casa com uma baita novidade.

Dizia ele, às cinco horas da manhã, que tinha ido a São Paulo pra comprar um "HELICOPTERO". Chique não?
Pois, amanhecendo o dia, ele euforico queria que eu visse o tal helicoptero. Novinho, e eu ví com esses olhos que a terra há de comer. Lindo, vistosos, acende luzes e faz um ronco que é de acordar "a mãe do guarda".

Não sei quanto custou, mas barato não foi, enfim quem tem desejos não deve se "michar". Pensei com meus botões: - E eu que só quero uma bicicleta. Uma simples bique (assim mesmo, pois é nacional e não tem marcha e nem é de fibra de carbono). Quero dar minhas voltas nas ruas do bairro e não voar pelos céus do Brasil e do Mundo. Quero uma "magrela" (não que não goste das gordinhas), mas uma que custe pouco e me faça feliz. 
Prometo que quando eu tiver uma não vou acordá-lo para mostrar a relíquia, até porque, com certeza esse meu amigo estará nas nuvens.

domingo, 11 de setembro de 2011

Verdades e vaidades.

Futebol não é e não pode ser um simples esporte. Convivo com ele há mais de 45 anos. Olhando para trás (pelo retrovisor) me vejo correndo pelas calçadas na Rebouças e descampos do Boqueirão, onde acredito ter começado minha paixão. Como um agente ativo, atuante, grudado á bola, inseparável amante ou melhor - primeiro amor, ao natural, controlava, chutava, cabeceava com desenvoltura, que modestiamente posso dizer, era, para a época e para os daqueles tempos, um jogador diferenciado.  Graças a ela ganhei apelido e respeito daqueles que me acompanhavam dentro do jogo e fora dele. Vivia sem dar conta que eu gostava mais dela do que do seriado do Bonanza. Imperdível. São verdades vaidosas e/ou vaidades verdadeiras. Mas são.

Anos mais tarde, com o vigor da bela idade, continuei compromissado com então minha amante - a bola. O futebol na faculdade, com os amigos de infancia, com os novos amigos e sem o compromisso de ter outro papel senão o de praticante , continuei me deliciando com o futebol.
Depois, já com filhos, meu compromisso foi de dividí-la com o herdeiro. Como todo pai craque espera que o rebento realize, ou no meu caso, conclua o processo iniciado na suburbana e jogue na Europa. Só isso!
Mas, paralelamente, escolhi o time para ele torcer (ou melhor coloquei ele como socio junior do meu time).
Levei -o aos estadios - no começo, com a promessa de sorvetes e coca-cola e depois, ao natural presenteando com uniforme completo, com chaveiro e pantufas do time, seduzindo o piá a ser mais um companheiro de arquibancada. Assim deveriam agir os vendedores com os seus clientes. Estrategia de marketing.
A Europa ficou no imaginário. Nem nas peladas o piá me acompanhava. Desisti de investir e somos agora fanaticos torcedores do mesmo time. E não poderia ser diferente.
Passei dos gramados aos alambrados. Continuo fanático mas sofro mais porque sei o que deve e o que não deve ser feito com a bola. Como estão maltratando minha namorada. Ah minha paixão.
Verdades verdadeiras.